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Especialista diz que coronavírus pode matar até 200 mil nos EUA

Médico Anthony Fauci, maior autoridade em doenças infecciosas nos EUA - Reuters via BBC
Médico Anthony Fauci, maior autoridade em doenças infecciosas nos EUA Imagem: Reuters via BBC

29/03/2020 13h14

Resumo da notícia

  • Cenário é de especialista em doenças infecciosas e conselheiro do presidente Donald Trump para pandemia
  • Diretor do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas afirmou, no entanto, que modelos sempre são baseados em diferentes hipóteses
  • Projeções da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington apontam que pico da epidemia acontecerá em meados de abril

Anthony Fauci, especialista em doenças infecciosas e conselheiro do presidente Donald Trump para a pandemia do novo coronavírus, afirmou neste domingo (dia 29) que entre 100 mil e 200 mil pessoas podem morrer nos Estados Unidos vítimas da covid-19.

"Em função do que vemos hoje, diria que entre 100 mim e 200 mil", afirmou o doutor Fauci ao canal CNN sobre o possível número de mortes. Ele também citou "milhões de possíveis casos".

Cauteloso, o diretor do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas recordou, no entanto, que os modelos sempre são baseados em diferentes hipóteses. "Apresentam o pior e o melhor cenário. E geralmente a realidade fica em algum ponto intermediário", disse. "Entre as doenças com as quais já trabalhei, nunca vi um modelo em que aconteça o pior dos casos. Sempre são superestimadas", afirmou.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins, cujo balanço é usado como referência, até o momento os Estados Unidos registram quase 125 mil casos positivos do novo coronavírus, o maior número no mundo para apenas um país.

O número de mortes, 2.191, quase dobrou desde quarta-feira.

De acordo com as projeções da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, o pico da epidemia acontecerá em meados de abril nos Estados Unidos, com um número de mortes que pode se aproximar de 80 mil a partir de junho, seguindo a trajetória atual.

De acordo com este modelo, o número vai do mínimo de 38 mil mortes ao máximo de 162 mil.

Em comparação, a gripe matou 34 mil pessoas no país durante a epidemia de 2018-2019.