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Escolas retomam aulas na Coreia do Norte após meses de paralisação

Com máscaras, crianças participam de uma aula na Escola Primária Hasin, no distrito de Sosong, em Pyongyang - KIM Won Jin / AFP
Com máscaras, crianças participam de uma aula na Escola Primária Hasin, no distrito de Sosong, em Pyongyang Imagem: KIM Won Jin / AFP

03/06/2020 09h37

As crianças norte-coreanas retornaram hoje às aulas com máscaras de proteção, após meses de fechamento das escolas como parte das medidas impostas contra a pandemia do coronavírus.

Pyongyang não informou nenhum caso de covid-19, algo que os especialistas duvidam, levando em consideração que o vírus surgiu na vizinha China e se propagou por todos os continentes.

A Coreia do Norte, no entanto, adotou medidas drásticas, incluindo o fechamento das fronteiras e a imposição do confinamento.

O novo trimestre escolar, que deveria ter começado em abril, foi adiado diversas vezes.

Ainda em abril o governo autorizou alguns colégios do ensino médio e universidades a receber alunos.

Os estudantes do ensino básico retornaram às aulas nesta quarta-feira, com máscaras descartáveis ou de pano.

Em uma escola de Pyongyang, os alunos passaram por um controle de temperatura, antes de seguir para as salas de aula.

Na sala de aula, antes de sentar à mesa, as crianças formaram uma fila para lavar as mãos com a água depositada em baldes vermelhos.

"Precisa esfregar as mãos", disse a professora.

Os estudantes continuaram com as máscaras na sala, mas sentaram próximos uns dos outros para ouvir a professora, que também estava com o rosto coberto, falar sobre a liderança da Coreia do Norte e matemática.

Retratos do fundador da Coreia do Norte, Kim Il Sung, e de seu filho e sucessor Kim Jong Il - avô e pai do atual líder Kim Jong Un - são observados em todas as salas de aula do país e os "estudos revolucionários" são parte crucial no programa escolar.

Analistas consideram pouco provável que a Coreia do tenha evitado infecções do coronavírus e apontam que o deficiente sistema de saúde do país teria dificuldades para enfrentar um foco grave da doença.

A pandemia provocou 380.000 mortes em todo o mundo e mais de 6,3 milhões de casos oficialmente diagnosticados em 196 países e territórios.