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Israel pede 'sanções devastadoras' contra Irã

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em pronunciamento sobre coronavírus - Ammar Awad/File Photo/Reuters
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em pronunciamento sobre coronavírus Imagem: Ammar Awad/File Photo/Reuters

07/06/2020 10h16

Jerusalém, 7 Jun 2020 (AFP) - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu neste domingo (7) que sejam adotadas "sanções devastadoras" contra o Irã, após a publicação de novas evidências da retirada gradual de Teerã do acordo nuclear e de ataques aéreos atribuídos ao Estado Hebraico contra elementos pró-iranianos na Síria.

Israel teme que o Irã, seu inimigo número um, desenvolva armamentos nucleares, assim como um programa de mísseis de alta precisão com base no vizinho Líbano e bases militares em suas fronteiras na Síria, onde Teerã apoia o governo de Bashar al-Assad.

"O coronavírus não diminuirá em nada nossa determinação de repelir as agressões do Irã. Quero reiterar isso, mais uma vez: Israel não permitirá que o Irã desenvolva armas nucleares e continuará agindo, sistematicamente, contra suas tentativas de implantar sua presença militar nas nossas fronteiras", disse Netanyahu na reunião de seu gabinete neste domingo.

Pelo menos 12 combatentes pró-iranianos foram mortos em ataques aéreos no sábado (6) contra uma de suas posições no leste da Síria, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), apontando Israel como provável responsável pela ofensiva.

"O quartel-general das forças pró-iranianas na província oriental de Deir Ezzor foi alvo de oito ataques (sábado à noite), que mataram 12 combatentes iraquianos e afegãos e destruíram veículos e munições", relatou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

Segundo a ONG, os últimos ataques ocorreram depois que as forças afegãs enviaram reforços, perto da fronteira com o Iraque, para uma grande base iraniana perto da cidade de Al-Mayadin, no Eufrates.

Desde o início do conflito na vizinha Síria em 2011, Israel fez inúmeras incursões contra as forças do governo Assad, mas também contra seus aliados - o Irã e o movimento xiita libanês Hezbollah, dois inimigos do Estado hebreu.

Esses ataques aéreos ocorreram um dia depois da publicação de um novo relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), na sexta-feira. De acordo com o documento, o Irã continua aumentando suas reservas de urânio enriquecido e bloqueando a inspeção de duas instalações.

Nesse contexto, Israel pede à comunidade internacional que se una aos Estados Unidos na imposição de "sanções devastadoras" contra o Irã, acrescentou Netanyahu.