EUA repudiam censura da China em Hong Kong
Washington, 7 Jul 2020 (AFP) - O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, atacou nesta segunda-feira os passos "orwellianos" da China em direção à censura a ativistas, escolas e bibliotecas de Hong Kong, com base em uma nova lei de segurança.
As autoridades desse centro financeiro ordenaram que as escolas removessem livros para revisão de acordo com a nova lei, que criminaliza opiniões como pedidos de independência ou autonomia.
Algumas livrarias de Hong Kong anunciaram que estavam retirando títulos de ativistas pró-democracia.
"O Partido Comunista Chinês (PCC) continua a destruição de Hong Kong livre", disse Pompeo.
Sob "a repressiva lei de segurança nacional, as autoridades locais - em um passo orwelliano - agora estabeleceram um escritório do governo central nacional, começaram a remover livros críticos do PCC das prateleiras, proibiram slogans políticos e exigiram que as escolas aplicassem censura", afirmou.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos afirmou que estão "roubando os direitos e liberdades do povo de Hong Kong".
"Até agora, Hong Kong prosperou porque a liberdade de expressão e pensamento era permitida sob regras independentes da lei", declarou.
Pequim enfrenta uma enxurrada de críticas, especialmente das nações ocidentais, por impor uma lei de segurança que pune atos de subversão, secessão, terrorismo e conluio com países estrangeiros em Hong Kong.
O vice-presidente americano, Mike Pence, disse à CNBC na semana passada que a lei era "traição" e "inaceitável para os amantes da liberdade em todo o mundo".
Na semana passada, o Congresso aprovou novas sanções contra os bancos desse centro financeiro.
A resolução inclui multas para os bancos que realizam "transações significativas" com aqueles que violam a autonomia de Hong Kong.
A validade dessa resolução do congresso começará quando o presidente Donald Trump a assinar.
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