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EUA comemoram investigação da OMS sobre origem do coronavírus na China

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Gebreyesus, durante entrevista coletiva em Genebra -
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Gebreyesus, durante entrevista coletiva em Genebra

Genebra (Suíça)

10/07/2020 20h19

Os Estados Unidos comemoraram hoje a investigação iniciada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre as origens do coronavírus na China, onde dois especialistas são esperados nas próximas horas para uma missão.

"Vemos essa investigação científica como uma etapa necessária para uma compreensão completa e transparente de como esse vírus se disseminou pelo mundo", disse a jornalistas o embaixador dos EUA nas Nações Unidas em Genebra, Andrew Bremberg, em uma declaração incomumente positiva sobre a OMS.

Os Estados Unidos lançaram oficialmente na terça-feira o procedimento de saída da OMS, organização que critica desde o início da crise, acusando-a de ter demorado em reagir e sobretudo em ser complacente demais com a China, onde o vírus surgiu em dezembro de 2019.

No final de maio, o presidente Donald Trump anunciou que ia "pôr fim à relação" entre seu país e a OMS, à qual qualificou de "fantoche da China".

Os dois especialistas da OMS, um epidemiologista e um especialista em saúde animal, têm previsão de chegada a Pequim neste fim de semana.

Eles vão preparar o terreno para uma missão mais ampla que deve determinar a origem do novo coronavírus, que provocou mais de 555 mil mortes desde o fim de dezembro.

O embaixador americano disse esperar que as autoridades chinesas proporcionem aos cientistas "um acesso completo aos dados, às amostras e às localidades".

Uma porta-voz da OMS, Margaret Harris, explicou à imprensa hoje que "uma das questões mais importantes é saber se o vírus foi transmitido às pessoas por um animal e de que animal se trata".

A maioria dos pesquisadores considera que o novo coronavírus — Sars-Cov-2, que originou a pandemia — surgiu em morcegos, mas os cientistas acreditam que passou por outra espécie antes de ser transmitido aos seres humanos.

Esta é a peça do quebra-cabeça que a comunidade científica internacional e a OMS esperam encontrar para entender melhor o que aconteceu, detectar as práticas de risco e evitar uma nova pandemia.