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Melbourne ordena fechamento de comércios não essenciais para frear a pandemia

Pessoa de máscara em ponte de Melbourne, na Austrália - STRINGER
Pessoa de máscara em ponte de Melbourne, na Austrália Imagem: STRINGER

03/08/2020 06h20

As lojas não essenciais de Melbourne, a segunda maior cidade da Austrália, devem fechar as portas a partir da próxima quinta-feira (6) para frear a propagação do novo coronavírus, anunciou o governo do estado de Victoria.

O primeiro-ministro de Victoria, Daniel Andrews, afirmou que a maioria dos negócios e empresas devem interromper as atividades a partir de meia-noite de quarta-feira.

Supermercados, farmácias e lojas de bebidas permanecerão abertos.

"É de partir o coração ter que fechar os locais de trabalho, mas é o que precisamos fazer para frear o avanço deste vírus extremamente infeccioso", afirmou Andrews em uma entrevista coletiva.

"Este período de seis semanas é absolutamente crítico", disse.

Alguns sectores, como o da produção de carne ou a construção civil, terão que reduzir as atividades a partir de sexta-feira.

Os escritórios públicos também fecharão as portas.

O governo acredita que as medidas evitarão que um milhão de pessoas compareçam aos locais de trabalho.

O anúncio aconteceu um dia depois do estado de Victoria registrar 429 casos e 13 mortes provocadas pela covid-19.

No domingo, as autoridades anunciaram um toque de recolher noturno em Melbourne, onde os moradores não podem fazer deslocamentos a mais de cinco quilômetros de suas casas.

Os habitantes de Melbourne devem permanecer em casa das 20h00 às 5h00 até 13 de setembro.

Apenas as pessoas que exercem funções essenciais, os profissionais da saúde e aquelas que vão para os hospitais podem sair de suas residências durante a noite.

O cidadão que não respeitar o toque de recolher pode ser multado em 1.652 dólares australianos (US$ 1.175).

As medidas drásticas isolam ainda mais Melbourne dentro da Austrália, que conseguiu conter a pandemia.

Desde o início da pandemia, a Austrália, país de 25 milhões de habitantes, registra 18.000 casos de covid-19 e 221 mortes.