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Dinamarca sacrificará milhões de doninhas por mutação de coronavírus que infectou humanos

Mutação encontrada nos animais poderia afetar a produção de anticorpos nos humanos - Dmitry Neymyrok/Reuters
Mutação encontrada nos animais poderia afetar a produção de anticorpos nos humanos Imagem: Dmitry Neymyrok/Reuters

04/11/2020 14h35

A Dinamarca vai sacrificar cerca de 15 milhões de doninhas criadas em seu território por causa de uma mutação da covid-19 que já teria infectado 12 pessoas, anunciou a primeira-ministra Mette Frederiksen nesta quarta-feira (4).

A mutação "pode representar um risco de que as vacinas futuras (contra a covid-19) não funcionem como pretendido", explicou Mette Frederiksen.

"Todos as doninhas devem ser abatidas", acrescentou, o que representa entre 15 e 17 milhões de animais, segundo autoridades.

Essa mutação não agrava as complicações causadas pelo novo coronavírus em humanos, mas atua sobre os anticorpos, reduzindo sua eficácia, o que acrescenta um problema ao desenvolvimento da vacina contra o coronavírus, segundo as autoridades dinamarquesas.

"Continuar a criação dessas doninhas representaria um risco muito alto para a saúde pública, tanto na Dinamarca quanto no exterior", ressaltou Kåre Mølbak, diretora da Autoridade Dinamarquesa de Controle de Doenças Infecciosas (SSI).

Os doze casos de transmissão humana do vírus mutado foram detectados no norte da península Jutlândia (oeste), onde se concentra a maioria dos criadouros.

A Dinamarca é o maior exportador mundial de pele de doninhas. O governo já lançou uma primeira campanha de abate de doninhas neste verão, depois que os primeiros casos de coronavírus foram detectados em fazendeiros.