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Joe Biden é convidado para cúpula da Otan

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, em Wilmington, Delaware - Roberto Schmidt/AFP
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, em Wilmington, Delaware Imagem: Roberto Schmidt/AFP

30/11/2020 10h34

Bruxelas, 30 Nov 2020 (AFP) - O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, anunciou hoje que propôs ao presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, organizar uma cúpula da Aliança em Bruxelas após sua posse em janeiro de 2021, a fim de tomar decisões importantes.

"Convidei Joe Biden para participar de uma cúpula da Otan no início do próximo ano, em uma data a ser determinada, para discutir assuntos importantes, incluindo decisões a serem tomadas sobre a manutenção ou retirada da missão da Aliança no Afeganistão", anunciou durante uma conferência de imprensa.

O presidente americano Donald Trump decidiu reduzir o contingente dos Estados Unidos da missão 'Resolute Support' da Otan no Afeganistão, que conta atualmente com 11 mil soldados, mais da metade dos quais não são americanos, disse Jens Stoltenberg.

"A missão vai continuar apesar da retirada das forças americanas, o que reduz a presença americana no Afeganistão, mas decisões difíceis terão de ser tomadas em 2021 se o Talibã não respeitar os seus compromissos", insistiu o secretário-geral da Aliança.

"Não temos nenhuma garantia de que as negociações de paz serão bem-sucedidas e enfrentaremos um dilema. Ou a Aliança deixa o Afeganistão e o país corre o risco de se tornar um novo refúgio para terroristas que operam contra nós, ou a Otan fica, com uma nova missão, mas vai enfrentar o risco de combates", explicou.

A adaptação da Otan ao novo contexto de segurança global, o fortalecimento militar da Rússia, a ascensão da China, as tensões entre os aliados são assuntos a serem discutidos entre os líderes da Aliança durante uma cúpula, enfatizou.

"Joe Biden é um grande apoiador da Otan. Ele conhece bem a Aliança, o que é uma coisa boa para nós", sublinhou Jens Stoltenberg numa alusão às dificuldades encontradas durante a presidência de Donald Trump.