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Allan Wagner assume como chanceler do Peru, o sexto em um ano

Diplomata de carreira, Allan Wagner foi chanceler em 1985-1988, no 1º mandato do presidente Alan García - Presidência do Peru/AFP
Diplomata de carreira, Allan Wagner foi chanceler em 1985-1988, no 1º mandato do presidente Alan García Imagem: Presidência do Peru/AFP

15/02/2021 17h34Atualizada em 15/02/2021 18h54

O veterano diplomata peruano Allan Wagner, 79, assumiu hoje como novo chefe da diplomacia peruana, o sexto desde que a pandemia de coronavírus surgiu no país, há 11 meses.

O presidente interino Francisco Sagasti juramentou o novo chanceler no dia seguinte da renúncia de Elizabeth Astete, abalada pela tempestade política das vacinações reservadas às autoridades antes da imunização da população, que também envolve o ex-presidente Martín Vizcarra (2018-2020).

"Nestes momentos críticos, ter a participação de Allan Wagner no governo de emergência e transição é extremamente importante e reconfortante", disse Sagasti pouco depois, ao receber dois aviões de transporte adquiridos da Espanha em uma base aérea.

"Nomeamos não apenas um ilustre peruano, mas um ferrenho defensor da integridade e da ética no serviço público", acrescentou.

Diplomata de carreira, Wagner foi chanceler em 1985-1988 no primeiro mandato do falecido presidente Alan García e depois em 2002-2003 no governo de Alejandro Toledo.

Também foi ministro da Defesa em 2006-2007, no segundo mandato de Garcia, e agente peruano na ação contra o Chile por limites marítimos perante a Corte Internacional de Justiça de Haia, que decidiu a favor de Lima em janeiro de 2014.

Wagner trabalha nas Relações Exteriores do Peru desde 1963 e foi embaixador nos Estados Unidos e na Holanda. Ele também atuou em 2004-2006 como Secretário-Geral da Comunidade Andina de Nações.

Wagner é o sexto ministro das Relações Exteriores do Peru no último ano, incluindo Franca Daza, que durou apenas cinco dias em novembro durante o também breve governo de Manuel Merino.

O Peru desempenhou um papel diplomático ativo de 2017 a 2019 ao promover e liderar o Grupo Lima, formado por quinze nações, na busca de uma solução pacífica para a crise na Venezuela.