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Enviados da OMS a Wuhan não publicarão relatório preliminar, diz jornal

Arquivo - Membros da OMS que investigam as origens do novo coronavírus no Instituto de Virologia de Wuhan; eles não divulgarão suas conclusões preliminares - Hector Retamal/AFP
Arquivo - Membros da OMS que investigam as origens do novo coronavírus no Instituto de Virologia de Wuhan; eles não divulgarão suas conclusões preliminares Imagem: Hector Retamal/AFP

Em Washington

05/03/2021 05h58

Os especialistas da OMS (Organização Mundial da Saúde) enviados em janeiro a Wuhan, China, para investigar a origem da pandemia de covid-19 não divulgarão suas conclusões preliminares, informou o Wall Street Journal (WSJ).

A decisão foi tomada em um contexto de crescentes tensões entre Estados Unidos e China sobre as condições de acesso oferecidas por Pequim para que a equipe cumprisse sua tarefa.

O diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, havia anunciado em 12 de fevereiro que os especialistas publicariam rapidamente um informe preliminar que resumiria as investigações feitas durante um mês na China.

O primeiro relatório era aguardado para ontem, quase três semanas após o fim da missão enviada a Wuhan, a cidade chinesa onde se acredita que a pandemia começou em dezembro de 2019.

"Um mero resumo não satisfaria a curiosidade dos leitores", disse o coordenador da equipe de investigadores, Peter Ben Embarek, ao WSJ.

Agora a OMS planeja publicar "nas próximas semanas" um relatório completo que incluirá as "principais conclusões", segundo um porta-voz da OMS citado pelo jornal americano.

O governo dos Estados Unidos espera que a China demonstre "transparência", que compartilhe o que sabe sobre o início da pandemia, afirmou na quinta-feira o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.

"Trata-se de aprender e fazer, de estarmos posicionados para fazer tudo o que pudermos para proteger a nós mesmos, ao povo americano e à comunidade internacional contra futuras ameaças de pandemia", disse Price.

"É por isso que precisamos deste entendimento. E por isto que precisamos da transparência do governo chinês", afirmou.