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Ex-candidato à presidência e opositor é condenado a 14 anos de prisão em Belarus

6.jul.2021 - O ex-candidato à presidência bielorrussa Viktor Babariko, preso em junho passado por acusações de corrupção, comparece a uma audiência em Minsk, em Belarus - Ramil Nasibulin / BelTA / Folheto via REUTERS
6.jul.2021 - O ex-candidato à presidência bielorrussa Viktor Babariko, preso em junho passado por acusações de corrupção, comparece a uma audiência em Minsk, em Belarus Imagem: Ramil Nasibulin / BelTA / Folheto via REUTERS

Da AFP, em Moscou

06/07/2021 06h05Atualizada em 06/07/2021 07h30

O ex-candidato à presidência bielorrusso Viktor Babariko, uma das principais figuras da oposição a Alexander Lukashenko, foi condenado nesta terça-feira a 14 anos de prisão por corrupção em Belarus, informaram seus partidários.

"Viktor Babariko foi condenado a 14 anos em uma colônia penitenciária de segurança máxima", afirma a conta no Twitter do opositor, de 57 anos.

Ele foi condenado pelas acusações de ter recebido subornos e de ter organizado operações de lavagem de dinheiro, segundo a ONG bielorrussa Viasna, que confirmou a condenação do Tribunal Supremo.

A acusação afirmou que ele cometeu os crimes quando dirigia o Belgazprombank, filial bielorrussa de um banco que pertence à empresa russa Gazprom.

O veredicto do tribunal não permite um recurso de apelação de Babariko. Ele foi considerado o adversário mais importante de Lukashenko nas presidenciais do ano passado.

Além da pena de prisão, Barbariko terá que pagar uma multa superior a US$ 50 mil e não poderá exercer alguns cargos de responsabilidade, segundo fontes que acompanharam a audiência.

Outros sete suspeitos, que se declararam culpados e testemunharam contra Babariko, foram condenados a penas que variam de três a seis anos de prisão.

A questionada reeleição de Lukashenko, no poder desde 1994, desencadeou um movimento de protestos que reuniu durante meses dezenas de milhares de manifestantes nas ruas.

O regime bielorrusso iniciou uma onda de repressão, com detenções em massa e ações judiciais contra opositores.

A colaboradora mais próxima de Babariko, Maria Kolesnikova, uma das líderes dos protestos, foi detida. Outras duas figuras da oposição, Svetlana Tikhanovskaya e Veronika Tsepkalo, forma obrigadas a partir para o exílio.