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Violência na África do Sul foi 'provocada e planejada', diz presidente

O presidente da África do Sul Cyril Ramaphosa visita um shopping que foi danificado após vários dias de saques, em Durban - Rogan Ward/Reuters
O presidente da África do Sul Cyril Ramaphosa visita um shopping que foi danificado após vários dias de saques, em Durban Imagem: Rogan Ward/Reuters

Em Durban (África do Sul)

16/07/2021 07h27

Os distúrbios e saques na África do Sul foram provocados e planejados - afirmou o presidente Cyril Ramaphosa hoje, em Durban, porto da região de Kwazulu-Natal (leste), tomada por uma onda de violência há uma semana.

"Foram provocados, há pessoas que planejaram e coordenaram isso. Vamos processar essas pessoas. Identificamos um bom número delas. Não permitiremos a anarquia e o caos" no país, acrescentou Ramaphosa.

A polícia sul-africana investiga 12 suspeitos de estarem por trás da explosão de violência dos últimos dias.

Ontem, o governo anunciou que "uma dessas pessoas já foi detida, e a vigilância das outras 11 foi reforçada".

A ministro da Presidência, Khumbudzo Ntshavheni, denunciou "uma sabotagem econômica".

Os primeiros incidentes explodiram na semana passada, um dia depois da prisão do ex-presidente Jacob Zuma. Ele foi condenado a passar 15 meses atrás das grades por desacato à Justiça.

Os incidentes se espalharam para a região metropolitana de Johanesburgo, em meio ao desemprego galopante e às novas restrições para combater a pandemia da covid-19 no país.

Nesta primeira visita ao local dos incidentes desde o início da crise, uma das mais graves desde o fim do Apartheid, o presidente garantiu que está em contato permanente com as autoridades da província e policiais.

Ramaphosa disse estar "extremamente preocupado com o que aconteceu". Segundo ele, a violência na província de Zulu deixou 95 mortos.

O balanço total da onda de violência é de pelo menos 121 mortes em todo país.