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Diplomatas colombianos irão ao Haiti para auxiliar detidos por assassinato do presidente

Jovenel Moise foi assassinado em 7 de julho durante uma invasão a sua residência em Porto Príncipe - 13.mar.2017 - Hector Retamal/AFP
Jovenel Moise foi assassinado em 7 de julho durante uma invasão a sua residência em Porto Príncipe Imagem: 13.mar.2017 - Hector Retamal/AFP

Em Bogotá

22/07/2021 07h10

Uma missão diplomática da Colômbia viajará ao Haiti entre 25 e 27 de julho para dar assistência aos mercenários detidos pelo assassinato do presidente Jovenel Moise, informou a chancelaria colombiana ontem.

A equipe de quatro integrantes terá como missão "verificar as condições nas quais se encontram os detidos nesse país, assim como adiantar a gestão para a repatriação dos corpos dos ex-militares que faleceram" pelas mãos das autoridades haitianas após o assassinato de Moise, informou o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.

Moise foi assassinado em 7 de julho durante uma invasão a sua residência em Porto Príncipe. O ataque foi realizado por 26 colombianos e dois americanos de origem haitiana, de acordo com as autoridades do país caribenho.

A primeira-dama Martine Moise ficou ferida, mas se recuperou em um hospital de Miami e voltou a seu país para o funeral do presidente, que acontecerá nesta sexta-feira.

A polícia do Haiti prendeu cerca de 20 militares da reserva colombianos que são suspeitos de trabalhar como mercenários. Porto Príncipe denunciou um complô organizado por um grupo de haitianos, entre os quais está um ex-senador fugitivo e um pastor médico radicado na Flórida.

Estes dois homens teriam recrutado o comando através de uma empresa de segurança venezuelana, também estabelecida nesse estado americano.

O governo do presidente Iván Duque suspeita que alguns dos militares contratados como mercenários foram enganados e que poucos sabiam do plano de assassinato do presidente, segundo as investigações realizadas pelas autoridades haitianas com o apoio de agentes da inteligência colombiana e do FBI.

O assassinato de Moise agravou a grave crise no país caribenho de 11 milhões de habitantes, liderado desde terça-feira pelo primeiro-ministro Ariel Henry, que prometeu convocar eleições e restaurar a ordem.