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Argentina vota em primárias legislativas e mede apoio ao governo

12/09/2021 19h15

Buenos Aires, 12 Set 2021 (AFP) - Os argentinos votaram neste domingo (12) nas primárias que definirão os candidatos às eleições legislativas de novembro, em eleições que servirão para medir o apoio ao governo do peronista de centro-esquerda Alberto Fernández.

No final da votação, às 18h00 em Buenos Aires, 67% dos mais de 34 milhões de eleitores tinham votado, apesar da obrigação de participar nas eleições para cidadãos entre 18 e 69 anos.

O dia ficou marcado pela demora nos centros de votação devido aos protocolos sanitários em função da pandemia de covid-19.

O Ministério do Interior informou que os primeiros resultados serão conhecidos depois das 21h00 locais (mesmo horário de Brasília), embora se estime que a tendência final será conhecida horas mais tarde.

As primárias são os primeiros testes eleitorais de Fernández desde que se tornou presidente em dezembro de 2019, três meses antes de registrar o primeiro caso de covid no país.

A pandemia causou mais de 113.000 mortes em 5,5 milhões de casos no país, com uma diminuição acentuada nas infecções nas últimas semanas, à medida que a vacinação avança. Mais de 63% dos 45 milhões de habitantes da Argentina receberam uma dose e 40% já foram totalmente imunizados.

A coalizão governamental Frente de Todos apostar em sustentar a reativação, que começa a fazer efeito numa economia em recessão desde 2018 e que encolheu 9,9% no ano passado, embora ainda seja atingida por uma inflação de 29,1% de janeiro a julho desse ano.

O que acontecer na província de Buenos Aires, tradicional enclave peronista e que tem um terço do eleitorado do país, será fundamental; Enquanto a capital, entre outras grandes cidades, é um bastião da aliança de oposição Juntos (radicais social-democratas e de direita liberal) do ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019).

Depois dessas primárias, os argentinos irão às urnas no dia 14 de novembro, onde serão renovadas 127 das 257 cadeiras dos Deputados e 24 das 72 do Senado. A coalizão governista atualmente tem maioria no Senado, mas não nos Deputados, onde está a dez cadeiras de alcançá-la.

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