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Cidade do México acusará por homicídio e lesões os responsáveis por colapso do metrô

4.mai.2021 - Viaduto do metrô desabou parcialmente com os vagões, na Cidade do México - Henry Romero/Reuters
4.mai.2021 - Viaduto do metrô desabou parcialmente com os vagões, na Cidade do México Imagem: Henry Romero/Reuters

14/10/2021 21h45

México, 15 Out 2021 (AFP) - A Procuradoria-Geral da Cidade do México informou nesta quinta-feira (14) que vai acusar por homicídio, ferimentos e danos materiais as pessoas e empresas envolvidas no colapso de um trecho de uma linha do metrô da capital que deixou 26 mortos em maio.

"Esta procuradoria tem os elementos para imputar uma série de pessoas físicas e jurídicas que estiveram encarregadas de garantir que as causas do colapso não ocorressem", afirmou a procuradora-geral Ernestina Godoy, em seu relatório final sobre o acidente que também deixou cerca de 80 pessoas feridas.

As denúncias serão formalizadas nas próximas horas em audiências perante o judiciário local, que notificará e convocará os prováveis responsáveis para iniciar o processo penal, explicou Godoy.

A autoridade destacou, no entanto, que seu gabinete tem incentivado que casos contra empresas sejam encaminhados por meio de "acordos de reparação" com as famílias das vítimas sob a premissa de que a justiça alternativa "pode oferecer melhores opções para acelerar a reparação integral" dos afetados.

Godoy destacou que algumas das empresas que participaram da construção da Linha 12 do metrô da Cidade do México demonstraram "desde o primeiro momento" interesse em mitigar e reparar os efeitos da tragédia.

Em junho, o magnata mexicano Carlos Slim, dono da empresa que construiu a maior parte do trecho comprometido, prometeu pagar por sua reconstrução, segundo o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador.

A procuradora indicou ainda que algumas das companhias envolvidas no acidente manifestaram interesse em disponibilizar recursos para um fundo que garanta a indenização aos familiares dos falecidos e feridos.

O colapso do trecho do metrô, ocorrido na noite de 3 de maio, foi provocado pela deformação das vigas que o sustentavam e a falta de parafusos funcionais, segundo a perícia técnica final da firma norueguesa DNV, contratada pela prefeitura da capital.

A investigação criminal da Procuradoria incluiu também perícia técnica própria, independente da realizada pela DNV, apontou Godoy.