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EUA oferecem US$ 10 milhões por sócio de empresário extraditado

Recompensa foi oferecida por informações que levem à prisão ou condenação do colombiano ligado a Maduro - iStock
Recompensa foi oferecida por informações que levem à prisão ou condenação do colombiano ligado a Maduro Imagem: iStock

22/10/2021 18h45

Washington, 22 Out 2021 (AFP) - Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira uma recompensa de até US$ 10 milhões por um empresário colombiano fugitivo da justiça e sócio de Alex Saab, extraditado dias atrás para Miami por lavagem de dinheiro, e próximo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

"O Departamento de Estado anunciou hoje uma recompensa de até US$ 10 milhões por informações que levem à prisão e/ou condenação de Álvaro Pulido Vargas, cidadão colombiano ligado ao regime corrupto de Maduro", tuitou o porta-voz da diplomacia americana, Ned Price.

Segundo o Departamento de Estado, a oferta complementa o anúncio de uma acusação criminal da promotoria americana contra Pulido "por lavagem de dinheiro ligada a um esquema de suborno estrangeiro".

O Departamento de Justiça informou ontem que Pulido, 57, e dois outros colombianos e dois venezuelanos foram indiciados por um grande júri do Distrito Sul da Flórida por suposta participação em uma rede que lavou dinheiro de um programa para fornecer alimentos e remédios à Venezuela.

Pulido, também chamado de Germán Enrique Rubio Salas e apelidado de Cuchi, enfrenta quatro acusações de lavagem de dinheiro e uma de conspiração para lavar fundos, todas associadas a supostas violações da Lei de Práticas Corruptas no Exterior (FCPA, sigla em inglês).

Pulido foi indiciado há dois anos grande júri do Distrito Sul da Flórida por oito acusações de lavagem de dinheiro juntamente com Saab, colombiano preso em junho em Cabo Verde e extraditado no último dia 16 para Miami, a fim de responder por esses crimes.

Segundo a acusação de 25 de julho de 2019, Saab e Pulido obtiveram um contrato com o governo venezuelano em novembro de 2011 para construir moradias destinadas a pessoas de baixa renda e aproveitaram a taxa de câmbio controlado, controlada por autoridades da Venezuela, para lucrar e implantar um esquema de subornos que viola a FCPA.

Os promotores alegam que a partir de novembro de 2011 e pelo menos até setembro de 2015 Saab e Pulido usaram o sistema financeiro americano para lavar os lucros ilícitos, transferindo 350 milhões de dólares da Venezuela, por meio dos Estados Unidos, para contas no exterior que possuíam ou controlavam.

"A justiça chegará para aqueles que saquearam a Venezuela e causaram tanto sofrimento aos venezuelanos", celebrou no Twitter Carlos Vecchio, representante nos Estados Unidos do líder opositor venezuelano Juan Guaidó.