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Merkel é aplaudida de pé em sua última cúpula europeia

22.out.2021 - O primeiro-ministro da Polônia Mateusz Morawiecki, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o presidente da França Emmanuel Macron e o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, chegam no segundo dia de uma cúpula da União Europeia - John Thys/Pool/AFP
22.out.2021 - O primeiro-ministro da Polônia Mateusz Morawiecki, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o presidente da França Emmanuel Macron e o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, chegam no segundo dia de uma cúpula da União Europeia Imagem: John Thys/Pool/AFP

Em Bruxelas

22/10/2021 10h09

Os líderes europeus ovacionaram de pé a chanceler alemã, Angela Merkel, hoje, no início da cúpula em Bruxelas, que será sua 107ª e última, após 16 anos no poder - informaram fontes próximas.

"Espero que não se incomode com esta cerimônia em sua última cúpula", disse-lhe o presidente do Conselho, Charles Michel.

Segundo ele, as reuniões dos 27 "sem Angela (Merkel) são como Roma sem o Vaticano, ou Paris sem a Torre Eiffel".

"Sua despedida da cena europeia nos afeta politicamente, mas também nos enche de emoção. Você é um monumento", acrescentou Charles Michel, destacando a "sabedoria" da chanceler, de quem os europeus sentirão saudades, "especialmente em tempos difíceis".

Previamente, chefes de Estado e de Governo já haviam elogiado o espírito de compromisso desta política alemã em sua caminhada.

O austríaco Alexander Schallenberg descreveu-a como uma "pacificadora na UE", e para o luxemburguês Xavier Bettel, Merkel é "uma máquina do compromisso".

Nesta última cúpula, na qual a Polônia monopoliza todos os debates por suas violações do Estado de direito, Merkel voltou a deixar sua marca, ao defender o diálogo com Varsóvia.

Os líderes europeus entregaram à chanceler alemã um presente que representa o edifício onde acontecem as cúpulas do bloco.

Em seu discurso, Michel também prestou uma homenagem ao sueco Stefan Löfven. Ele deixa em novembro o cargo de primeiro-ministro, o qual ocupa desde 2014.

"Você marcou nossos encontros com sua presença forte e tranquilizadora", disse Michel a Löfven, agradecendo-lhe também por seu compromisso com o "avanço social".