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China testou míssil que viaja a 5 vezes a velocidade do som, dizem jornais

Segundo relatos de jornais, o teste da China aconteceu em julho e envolveu uma "manobra sofisticada" - Thomas Peter/Reuters
Segundo relatos de jornais, o teste da China aconteceu em julho e envolveu uma "manobra sofisticada" Imagem: Thomas Peter/Reuters

22/11/2021 14h12Atualizada em 22/11/2021 15h45

A China testou um míssil hipersônico há alguns meses capaz de lançar um projétil, uma tecnologia que nem os Estados Unidos nem a Rússia possuem atualmente, relatou o Wall Street Journal nesta segunda-feira (22).

Confirmando informações publicadas no domingo (21) pelo Financial Times, o jornal norte-americano noticiou que a China fez um teste em julho que envolveu uma "manobra sofisticada em que um projétil foi lançado de um míssil hipersônico em pleno voo".

Essa manobra mostra que as capacidades da China nesse campo são superiores às conhecidas até agora, acrescentou o Wall Street Journal, citando autoridades norte-americanas não identificadas.

De acordo com o Financial Times, "especialistas da Darpa, a agência de investigação do Pentágono, não sabem como a China conseguiu lançar um projétil de um veículo voando a velocidade hipersônica", cinco vezes a velocidade do som.

Eles também não sabem a natureza do projétil, que caiu no mar, segundo o jornal britânico, que cita pessoas que tiveram acesso a informações dos serviços de inteligência.

Alguns especialistas acreditam que se trata de um míssil ar-ar, e outros apenas uma isca projetada para proteger o míssil hipersônico em caso de conflito.

O Financial Times reportou em outubro que Pequim havia lançado em agosto um míssil hipersônico que circulou a Terra em órbita antes de descer para seu alvo, errando por alguns quilômetros.

Pequim negou que tenha se tratado de um teste de míssil, alegando que simplesmente testou a tecnologia de um veículo espacial reutilizável.

Mas o general norte-americano Mark Milley informou alguns dias depois de um "teste muito significativo de um sistema de armas hipersônicas", sem especificar a data.

E comparou com o lançamento, em 1957, pela União Soviética do primeiro satélite artificial, o Sputnik, que surpreendeu os Estados Unidos e lançou a corrida pela conquista do espaço.