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Envolvidos no conflito da Ucrânia querem retomar cessar-fogo

Kiev

23/12/2021 09h59

Autoridades ucranianas e separatistas pró-Rússia querem restabelecer um cessar-fogo acordado em julho de 2020 no leste da Ucrânia, a zona de conflito que está no centro das novas tensões entre Moscou e o Ocidente - informou um mediador na quarta-feira (22).

"Estou feliz que os participantes tenham manifestado sua sólida determinação de respeitar plenamente as medidas para reforçar o acordo de cessar-fogo de 22 de julho de 2020", disse o mediador neste conflito e representante da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Mikko Kinnunen, em um comunicado.

"É muito importante para as pessoas que vivem nos dois lados da fronteira", acrescentou Kinnunen, após uma videoconferência do Grupo de Contato Trilateral.

Este grupo reúne ambas as partes envolvidas nesta guerra que já deixou mais de 13.000 mortos.

Ao final da reunião, a presidência ucraniana também se declarou "prudentemente otimista diante de uma possível desescalada" na zona de conflito.

"Pela primeira vez em muito tempo, sentimos uma possibilidade real de garantir uma trégua", declarou Andrii Kostin, um dos negociadores ucranianos, em um comunicado divulgado pela presidência na noite de ontem.

Já os separatistas se mostraram muito mais céticos.

"Não há acordo", disse Rodion Miroshnik, representante da autoproclamada República de Luhansk (LNR), no Telegram, nesta quinta-feira.

Em julho de 2020, os dois lados deste conflito chegaram a um acordo de cessar-fogo na linha de frente. Essa trégua durou vários meses, até a retomada dos ataques em fevereiro passado.

A guerra no leste da Ucrânia foi deflagrada em 2014, após uma revolução pró-Ocidente em Kiev, seguida da anexação da península da Crimeia por parte de Moscou.