Topo

Esse conteúdo é antigo

Peru acumula mais de 2,5 milhões de casos de covid-19

9.jul.2020 - Pessoas usam máscara em Lima, capital do Peru - Xinhua/Mariana Bazo
9.jul.2020 - Pessoas usam máscara em Lima, capital do Peru Imagem: Xinhua/Mariana Bazo

Da AFP, de Lima

15/01/2022 13h21

País com a maior taxa de mortalidade por covid-19 no mundo, o Peru superou, na sexta-feira (15), os 2,5 milhões de casos confirmados, em meio à terceira onda da pandemia dominada pela variante ômicron - informou o Ministério da Saúde.

As novas infecções se devem à expansão da variante ômicron, que levou ao recorde de 39.080 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, este país andino de 33 milhões de habitantes acumulou 2.512.789 casos e 203.302 mortes, conforme balanço oficial divulgado ontem.

Na região, que registra mais de 300.000 casos por dia, o Peru é o terceiro com mais óbitos, atrás de Brasil e México, com 620.000 e 300.000, respectivamente.

Na região metropolitana de Lima, onde vive quase um terço dos 33 milhões de habitantes do Peru, 82% dos novos casos estão ligados à ômicron, segundo as autoridades.

Desde que o primeiro caso dessa variante foi relatado em 19 de dezembro, o Peru registrou mais de 246.000 novos casos. Isso representa 9,8% do total de casos em apenas quatro semanas.

"Este é um problema internacional, onde a transmissão é extremamente simples e fácil. Infelizmente, a ômicron tem uma alta taxa de transmissão", afirmou o infectologista Eduardo Gotuzzo à AFP.

A variante ômicron "tem transmissão rápida e agressiva, mas, felizmente, baixa mortalidade e hospitalização. No entanto, os sistemas de saúde estão paralisados", acrescentou o médico Gotuzzo, que também é professor da Universidade Cayetano Heredia.

O ministro da Saúde, Hernando Cevallos, disse esta semana à imprensa que a ômicron "afetará todo sistema de saúde do país", atingindo, principalmente, seu nível básico de atendimento nos postos e centros de saúde.

- Vacinação prioritária -"Em cada região do mundo, existem variantes. Duram cerca de três meses e depois surge outra", disse Gotuzzo.

Ele ressaltou, porém, que, devido ao alto percentual de vacinados no Peru, as pessoas infectadas apresentam sintomas leves do vírus.

Na quarta-feira, o ministro Cevallos confirmou que os não vacinados representam 90% dos pacientes nas unidades de terapia intensiva. "Eles estão enchendo nossas UTIs", alertou.

O governo peruano conseguiu imunizar mais de 80% da população com mais de 12 anos. Mais de 22 milhões de pessoas receberam as duas doses da vacina, enquanto quase 6 milhões já têm o reforço.

O governo também está programado para vacinar crianças entre 5 e 11 anos a partir da próxima semana.

Com a explosão de casos relacionados com a variante ômicron, desde a semana passada longas filas de pessoas passaram a serem atendidas em Lima, para se submeterem a teste de detecção do coronavírus, ou para serem imunizadas, em hospitais e em postos de vacinação da capital.

A média semanal de casos de covid-19 passou de 1.500, em meados de dezembro, para mais de 20.000, na semana compilada até a última quinta-feira.

O Peru tem a maior taxa de mortalidade por covid-19 do mundo, com 6.160 mortes por milhão de habitantes, segundo balanço da AFP feito com base nos números oficiais.