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País tem de agir para evitar indústria de hackers, diz ministro da Defesa

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva - Mauro Pimentel/Folhapress
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva Imagem: Mauro Pimentel/Folhapress

13/06/2019 18h31

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse que o ataque de hackers para vazar supostas mensagens de integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato foi um ato criminoso e manifestou apoio ao ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro.

O ministro cobrou investigação rápida sobre o caso para evitar que se crie um comércio criminoso de hackeamento no Brasil.

"Eu não tenho dúvida de que isso aí é um crime, e esse crime não pode compensar. Porque, senão, vai ficar uma indústria do hacker em celulares, computadores. Vai ficar um comércio disso aí. Isso aí é um crime e deve ser tratado como tal. E rápido", afirmou o ministro.

Nova conversa entre Moro e Dallagnol é divulgada

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Sobre o teor das supostas conversas de Sergio Moro, que foi juiz titular da Lava Jato na 13ª Vara Federal em Curitiba, com o coordenador da força-tarefa da operação, procurador Deltan Dallagnol, Fernando Azevedo e Silva disse não ver nada de mais e ressaltou a confiança do governo no ministro.

"O ministro Moro goza de toda a confiança não só dos ministros e do presidente Jair Bolsonaro, ele é um profissional respeitado, inclusive pela população brasileira. A troca de mensagens --que poderia ir no gabinete, hoje em dia se faz por mensagem-- foi de instituições do Judiciário, fazendo parte de uma força-tarefa. Eu não vejo nada de mais, a não ser um crime violento, em relação à privacidade da pessoa, da autoridade

Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa

Fernando Azevedo e Silva destacou a quantidade de informações que o celular tem sobre cada pessoa. "O nosso aparelho celular é um componente do seu corpo, hoje em dia. Você tem ali suas expectativas, suas emoções, os sentimentos, as suas mensagens. Você não pode ser invadido. Se o meu celular fosse violentado dessa forma, [isso] é uma violência, um crime", afirmou.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.