Morre Carlos Alberto Morais de Sá, pioneiro no tratamento da Aids no Brasil
O médico Carlos Alberto Morais de Sá, referência e pioneiro no tratamento da Aids no Brasil, morreu anteontem, aos 76 anos, no Hospital Casa Italiano, no Grajaú, Zona Norte do Rio de Janeiro. A informação foi veiculada pela Universidade Federal do Estado do Rio (UniRio) e confirmada pelo hospital. A causa da morte não foi divulgada.
Sá foi um dos pioneiros no tratamento de pacientes com Aids e contribuiu para a construção do Centro de Referência Nacional em HIV/Aids, no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG), vinculado à UniRio.
Médico do hospital desde 1972, Sá tornou-se coordenador do centro em 1983. De 1987 a 1993, foi consultor do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, como membro da Comissão Nacional em HIV/Aids.
Em nota, a UniRio demonstrou pesar pelo falecimento e lembrou a trajetória de Sá, que se formou em medicina na universidade em 1968, concluindo seu doutorado pela instituição quatro anos depois.
"Ao longo de seus quase 50 anos dedicados ao HUGG, além de toda a excelência na transmissão de saberes e conhecimentos, Carlos Alberto Morais de Sá se eternizou através da formação de médicos que se guiam por sua constante necessidade de questionamento e aprofundamento dos estudos, e por seu senso de coragem, capaz de encontrar soluções onde a maioria só vê obstáculos", afirma a nota.
Foi no HUGG também que Sá ajudou na criação da ONG (Organização Não Governamental) Viva Cazuza, fundada em 1990 e que até hoje tem Lucinha Araújo, mãe do cantor, na sua administração. A instituição visa principalmente o atendimento a crianças e adolescentes com o vírus da Aids.
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