Bovespa se descola do exterior e encerra com ganho

São Paulo - Em dia de vencimento de índice futuro, a Bovespa descolou-se dos mercados internacionais e conseguiu encerrar em alta pelo segundo dia seguido. Pela manhã, o Ibovespa oscilou entre baixas e altas, influenciado pela queda do mercado acionário no exterior e pela volta das preocupações com a Espanha.

O Ibovespa encerrou com ganho de 0,50, aos 63.010,48 pontos. Na mínima, o índice atingiu 62.429 pontos (-0,43%) e, na máxima, 63.243 pontos (+0,87%). No mês, o índice reduziu a perda para 2,32% e, no ano, a alta foi ampliada para 11,02%. O giro financeiro ficou em R$ 12,290 bilhões, inflado pelo vencimento futuro do índice. O dado é preliminar. Vale lembrar que no vencimento anterior, em fevereiro, o volume totalizou R$ 19,429 bilhões, dos quais R$ 5,10 bilhões referentes ao vencimento.

"O descolamento da Bolsa nesta quarta-feira tem grande chance de ser explicado pelo vencimento", disse o analista chefe da Coinvalores, Marco Aurélio Barbosa, lembrando que historicamente a Bolsa costuma apresentar volatilidade em dia de vencimentos.

Vale e Petrobras conseguiram fechar no azul, na contramão de seus pares no exterior. O papel ON da mineradora subiu 1,02% e o PNA, +0,45%. Os contratos futuros de metais básicos negociados na London Metal Exchange (LME) fecharam em queda, após novos temores com a Espanha levarem os investidores a vender commodities industriais.

Já o papel ON da Petrobras avançou 1,61% e o PN subiu 0,83%. Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em queda, após dados do governo norte-americano mostrarem uma alta maior do que a esperada nos estoques de petróleo bruto do país na semana passada. O contrato do petróleo WTI para maio perdeu 1,47%, a US$ 102,67 o barril.

Entre os bancos, Bradesco (-0,13%) e Itaú Unibanco (-0,60%) caíram, enquanto Banco do Brasil (+1,63%) e as units do Santander (+1,14%) subiram. As duas primeiras instituições anunciaram hoje a redução dos juros nos empréstimos para pessoa física e jurídica.

No exterior, o membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE) Jens Weidmann disse que a Espanha deveria procurar seus legisladores e não a instituição para resolver os seus problemas de dívida. Ele também descartou que o BCE esteja estudando uma terceira operação de refinanciamento de longo prazo.

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