Patriota aponta risco de Rio+20 criar protecionismo

Rio - Diante de uma plateia de empresários em evento na Rio+20, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que é preciso estar atento para não transformar objetivos futuros (de desenvolvimento sustentável) em barreiras comerciais. A afirmação veio em resposta à preocupação externada pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, de que seja criado um "protecionismo verde".

"Temos de advertir para esses riscos. Mas há um sentimento disseminado, não apenas no Brasil, de que estamos em uma agenda positiva e não podemos criar condicionalidades, empecilhos e obstáculos", disse Patriota. Ele destacou que a agenda na Rio+20 é de objetivos que congreguem, somem e, sobretudo, deem atenção às necessidades dos países menos desenvolvidos.

O setor privado brasileiro participou ativamente das discussões para o documento entregue ao secretariado da ONU para a discussão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na Rio+20. Patriota destacou o contato estreito com o setor privado como uma das características da política externa do governo Dilma, o que fortalece a negociação internacional e a diplomacia brasileira.

Apesar das dificuldades nas negociações e da crise financeira internacional, a avaliação de Patriota é de que a Rio+20 já pode ser considerada um marco histórico não só pelo número de representantes governamentais e delegados presentes, mas sobretudo pelo modelo de inclusividade, com os diálogos e eventos paralelos da sociedade civil.

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