Viúva da Mega-Sena propõe acordo para receber herança
Ganhador de R$ 52 milhões na Mega-Sena em junho de 2005, Renê foi assassinado em janeiro de 2007 em Rio Bonito, interior do Estado do Rio. Acusada pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) de ter sido a mandante do crime, a viúva foi absolvida em dezembro de 2011 pelo Tribunal do Júri de Rio Bonito. O MP-RJ recorreu da absolvição, pedindo que Adriana seja submetida a novo julgamento. O recurso ainda tramita na 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
Na esfera cível, Renata move contra a viúva uma ação de indignidade, com base na acusação de que ela foi a mandante da morte de Renê. Segundo a denúncia do MP-RJ, Adriana teria encomendado a morte do milionário após ele dizer que ia excluí-la da herança por ter descoberto que estava sendo traído.
"Renata nunca vai fazer acordo com a mulher que encomendou o assassinato do pai dela para ficar com a herança. Renata não está interessada apenas no dinheiro: ela quer fazer Justiça e impedir que a assassina usufrua do dinheiro. As provas contra ela no processo criminal são robustas e, além disso, os jurados (que a absolveram) não precisaram fundamentar sua decisão. Estamos certos de que Adriana será declarada indigna e, desta forma, excluída do testamento de Renê", disse Marcus Rangoni, advogado de Renata.
Por outro lado, a viúva move uma ação de investigação de paternidade contra Renata. Jackson Rodrigues, advogado de Adriana, diz que há dúvidas de que Renata seja mesmo filha de Renê, o que lhe garante 50% da herança. Até o julgamento dessas duas ações cíveis, Adriana e Renata estão impedidas de sacar sua parte na herança. De acordo com o último testamento de Renê, cada uma deve ficar com 50% da fortuna.
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