Bolsas de NY sobem por balanços; Dow renova recorde

Nova York - As Bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, impulsionadas pelas esperanças com balanços corporativos positivos nos Estados Unidos e indicadores econômicos melhores do que o esperado na Europa. Animados com o dinheiro fácil oferecido pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), os investidores levaram o índice Dow Jones para uma nova máxima.

O Dow Jones ganhou 59,98 pontos (0,41%), fechando no nível recorde de 14.673,46 pontos. O Nasdaq avançou 15,61 pontos (0,48%), encerrando aos 3.237,86 pontos. O S&P 500 teve alta de 5,54 pontos (0,35%) e terminou a 1.568,61 pontos.

A Alcoa, maior produtora mundial de alumínio, deu na noite passada a largada para o anúncio de resultados corporativos nos EUA e agradou a Wall Street. A empresa anunciou crescimento de 59% do lucro no primeiro trimestre, ante o mesmo período do ano passado, batendo as estimativas dos analistas. A receita, porém, caiu e ficou abaixo do previsto, refletindo a queda dos preços internacionais do alumínio.

O Goldman Sachs está otimista quanto aos balanços trimestrais dos EUA. Para companhias de setores mais defensivos, a expectativa é de aumento de 6% no lucro por ação. Para setores cíclicos, ou seja, mais ligados ao desempenho da economia, a alta projetada é de 1%. Para a receita, a previsão é de ganho médio de 3% nos dois segmentos.

"O sentimento geral é de otimismo cauteloso", disse Daniel McMahon, diretor de negociação de ações da Raymond James & Associates Inc. "As pessoas estão procurando oportunidades de comprar ações, enquanto esperam pelo próximo catalisador. Todo mundo está esperando uma correção nas Bolsas, mas qualquer queda tem encontrado novos compradores", acrescentou.

Entre os indicadores norte-americanos divulgados mais cedo, o índice de confiança das pequenas empresas, medido pela Federação Nacional de Empresas Independentes (NFIB, na sigla em inglês), recuou para 89,5 em março, de 90,8 em fevereiro. Os estoques no atacado tiveram uma queda inesperada de 0,3% em fevereiro, ante o mês anterior. Economistas consultados pela Dow Jones previam alta de 0,6% nos estoques.

Alguns dados divulgados na zona do euro também deram suporte aos mercados. O superávit comercial ajustado da Alemanha, por exemplo, cresceu para 17,1 bilhões de euros em fevereiro, acima das previsões de 15 bilhões de euros. No Reino Unido, a produção industrial subiu 1,0% em fevereiro ante março, mais do que o aumento de 0,5% esperado por analistas.

Outra boa notícia saiu da China, cuja taxa de inflação ao consumidor veio menor do que o esperado em março, alimentando esperanças de que o Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país) não precise começar a apertar a política monetária.

No noticiário corporativo, as ações da Alcoa fecharam estáveis. Já os papéis da varejista de vestuário JC Penney despencaram 12,22%, atingindo o menor nível em 12 anos, após a companhia anunciar na noite passada a saída do executivo-chefe Ron Johnson e o retorno de Myron Ullman.

A Herbalife perdeu 3,75%, depois de confirmar que a KPMG não vai mais fazer sua auditoria. Nesta terça-feira, a empresa de auditoria revelou que demitiu um alto funcionário do escritório de Los Angeles acusado de uso de informações privilegiadas.

Entre as blue chips, os destaques de alta foram Caterpillar (+2,03%), Dow Chemical (+2,48%) e Goldman Sachs (+1,88%). No campo negativo, apareceram Procter & Gamble, com queda de 0,67%, e American Express, que registrou retração de 0,58%. As informações são da Dow Jones.

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