Homicídio cai e roubo cresce em SP

São Paulo - Os homicídios na capital caíram pelo quarto mês seguido e parecem consolidar a tendência de queda nos primeiros nove meses do ano, depois do crescimento acentuado da violência contra a pessoa em São Paulo em 2012. Já crimes contra o patrimônio, como roubos em geral e roubos de carros, continuam em tendência de alta. Uma das consequências é o aumento nas taxas de latrocínio - roubos que dão errado e acabam em morte.

"Identificamos que 50% dos latrocínios ocorrem em casos de tentativa de roubo de carros. Por isso é importante diminuir esse crime", afirmou ontem o secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.

Conforme o balanço do governo, a queda acumulada dos assassinatos na capital nos primeiros nove meses foi de 4,6%. No Estado, onde os homicídios caem initerruptamente há seis meses, a redução no mesmo período foi de 0,9%. A redução das taxas de violência ocorreu depois que o conflito entre integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e da Polícia Militar se apaziguou.

A queda na capital em setembro é ainda maior quando comparada com o mesmo período do ano passado, alcançando 31,3%. Em compensação, os assassinatos ainda seguem mais altos em relação a dois anos atrás, quando a situação da segurança pública em São Paulo seguia dentro da normalidade.

O total de 876 homicídios ocorridos nos três primeiros trimestres na capital é 17% maior do que no mesmo período de 2011.

Patrimônio. No caso dos crimes contra o patrimônio, o Estado continua enfrentando dificuldades para reverter o aumento das taxas. Em relação aos primeiros nove meses do ano passado, o roubo cresceu 7,8% na capital e 9,9% no Estado. Em setembro, tanto no Estado quanto na cidade de São Paulo a alta foi de 17%. Tendência semelhante é observada no caso de roubo de carros. Aumentou 9,9% em relação ao ano passado e 24,3% quando comparado a 2011. As consequências são constatadas nos casos de latrocínio, que cresceram 27,4% nos primeiros meses do ano. Em setembro, contudo, caíram 33,3% na capital e 23,5% no Estado.

Grella afirmou que o crescimento ocorreu a despeito do intenso trabalho das Polícias Civil e Militar. Ele citou números recordes de prisões (127.607) e apreensões de arma (1.650) nos primeiros nove meses do ano.

Vitimização. O secretário de Segurança Pública de São Paulo ainda disse que a discussão a respeito do roubo deve levar em consideração a subnotificação, que acabaria distorcendo a realidade da segurança. Grella citou pesquisa de vitimização feita pelo Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa, divulgada pelo Estado no domingo, que apontou redução dos crimes violentos como roubo entre 2003 e 2013.

"A queda dos assaltos nesse período foi da ordem de 13% e ainda a subnotificação do roubo é alta. Só 33% registram as ocorrências, dificultando a medição", disse Grella. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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