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Ato pacífico contra a Copa reúne mil pessoas em SP

15/04/2014 21h22

São Paulo - Sob chuva constante, o 5.º ato contra a Copa do Mundo reuniu nesta terça-feira, 15, em São Paulo, cerca de mil pessoas, segundo a Polícia Militar, em um protesto que, até as 21h, ocorria de forma pacífica. Diferentemente das últimas manifestações, os PMs não formaram cordões para isolar os manifestantes - eles se dividiram em dois grupos, no começo e no fim da passeata. A mudança na estratégia da polícia fez com que os manifestantes conseguissem circular com mais facilidade, bloqueando a passagem de carros ao longo da manifestação e o acesso a pontos de ônibus. O número de manifestantes foi calculado pela PM. A quantidade de pessoas parecia menor, porque muitos seguiram o protesto a uma certa distância.

Os manifestantes iniciaram a concentração por volta das 18h no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), com tambores e faixas com crítica à situação da saúde no Brasil. Eles colaram cartazes com os dizeres "Não vai ter Copa" nas pilastras vermelhas do museu, que depois foram pichadas com "Acorda, Brasil". Uma hora depois, começaram a chegar manifestantes mascarados, gritando: "Nós somos o povo. Poder para o povo". Além das faixas, havia bandeiras de movimentos como Território Livre, Juntos, Frente Popular da Saúde e de partidos como PCR e PSTU, além das coloridas do LGBT. Na concentração, manifestantes queimaram uma bandeira brasileira.

Ponto de ônibus.

Na Rebouças, perto das 21h, pessoas que estavam nos pontos de ônibus gritavam para que os manifestantes liberassem a faixa exclusiva - todas as pistas em direção à Marginal estavam bloqueadas. "Por favor, liberem, queremos ir pra casa", pediam. O último protesto contra a Copa realizado em São Paulo, em 14 de março, reuniu 1,5 manifestantes e 2,3 mil PMs.