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IPCA-15 e Caged fazem taxas de juros recuarem

17/04/2014 16h41

São Paulo - Após o IPCA-15 de abril no piso das estimativas e o pior Caged de março desde 1999, a estrutura a termo da curva de juros passou a precificar hoje uma chance levemente maior de manutenção da Selic em maio. Nem mesmo o desemprego reportado pelo IBGE no menor nível da história em março foi suficiente para elevar as taxas futuras. O dólar, enquanto isso, terminou perto da estabilidade, após uma sessão bastante volátil.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para julho de 2014 (19.045 contratos) marcava 10,859%, de 10,864% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (233.485 contratos) registrava 11,02%, de 11,06% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2017 (222.330 contratos) apontava 12,34%, de 12,45% véspera. E o DI para janeiro de 2021 (34.290 contratos) estava em 12,67%, de 12,79%.

A alta de 0,78% do IPCA-15 deste mês surpreendeu pelo lado positivo, embora tenha se acelerado em relação ao avanço de 0,73% do indicador em março. O resultado ficou abaixo da mediana projetada, de 0,83%, e colado ao piso do intervalo das previsões, que ia de 0,76% a 0,91%. Contudo, a alta de 0,78% é a maior desde janeiro de 2013, quando o indicador subiu 0,88% e, no acumulado dos últimos 12 meses, tem avanço de 6,19% - encostando cada vez mais no teto da meta, de 6,5%.

Já a queda da taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País para 5,0% em março, de 5,1% em fevereiro, renovando a mínima da série histórica, foi praticamente relegada pelo mercado de juros futuros. Os operadores deram mais atenção para o Caged, que mostrou a criação de apenas 13.117 vagas de trabalho em março, bem abaixo do piso das previsões, que iam de 50.000 a 178.000 postos.