Campanha vai incentivar denúncias de queima de ônibus
"O mote da campanha é 'ônibus queimado não leva ninguém a lugar nenhum', que sintetiza exatamente o que acontece", diz Francisco Christovam, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss). É a primeira campanha publicitária da entidade que representa as concessionárias das oito regiões do serviço na capital. Será veiculada na televisão, rádio, na internet e relógios de rua.
Christovam ressalta que os ônibus são alvo de todos os tipos de protesto violento, mas o descontentamento geralmente não é relacionado ao próprio serviço que eles oferecem. "Em nenhum dos casos de ônibus queimados o ataque está relacionado com o transporte. Há protestos por falta de água, por assassinatos e contra a polícia", exemplifica.
Segundo o presidente da SPUrbanuss, a reposição dos coletivos queimados geralmente é demorada e só afeta quem usa a linha atacada. Além de tentar passar a ideia de que o maior prejudicado pela queima é o próprio usuário do ônibus, a meta da ação é divulgar o telefone 181, serviço da Polícia Civil especializado em coletar denúncias anônimas.
Crimes
O último caso registrado na capital paulista foi de um ônibus incendiado por volta das 22h30 de terça-feira, 22, em Brasilândia, na zona norte. Segundo a Polícia Militar, um grupo obrigou passageiros, motorista e cobrador a descerem e atearam fogo no veículo. Não houve feridos nem detidos. O caso está sendo investigado pelo 72.º DP (Vila Penteado).
No fim da noite de segunda-feira, outros dois veículos foram incendiados em Ermelino Matarazzo, na zona leste. A polícia suspeita que os ataques foram em represália à morte de um suspeito, na madrugada anterior, que teria tentado assaltar um policial federal no Itaim Paulista, também na zona leste.
Em Osasco, 34 veículos municipais foram queimados em uma mesma garagem nesta terça. Somados os ônibus intermunicipais, foram 116 ataques a coletivos em toda a Região Metropolitana neste ano.
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