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Luiz Moura diz ser inocente e pede para ser investigado

Em São Paulo

30/07/2014 09h40

O deputado estadual Luiz Moura (PT) afirmou ser inocente de todas as suspeitas da Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo, negou fazer parte do Primeiro Comando da Capital (PCC) e disse que nunca foi chamado pelo Gaeco para prestar esclarecimentos. Ele disse que tomou conhecimento da investigação em junho, quando procurou o órgão pedindo para ser investigado.

"Eu espontaneamente fui pedir para me investigarem. Apesar de o PSDB também ter feito isso, eu fui antes. Já que eu sou incendiário de ônibus, excomungado de igreja e cometi tanto crime, pedi para me investigarem. Lá na frente vão ver que sou inocente."

Moura acredita que a investigação tem caráter político. "É para criar matéria política, dar ênfase para essa reunião que a imprensa diz que supostamente tinha o PCC. É para me destruir politicamente e criar embaraço", afirmou. "Não posso chegar e discriminar uma pessoa que vai participar de uma reunião minha e pedir antecedentes criminais", explicou. Segundo ele, a reunião que terminou na delegacia sem nenhum preso era para discutir repasse de tarifa e greve.

Para Moura, também há "ciúmes político", pois o PT teve um crescimento eleitoral "muito grande" nos bairros de Ermelino Matarazzo e Guaianases, bairros de origem dele e do irmão, o vereador Senival Moura.

Moura também afirmou que, ao tomar conhecimento da investigação, descobriu que o Ministério Público já havia quebrado os sigilos bancário e fiscal. "Eu nunca lavei dinheiro (para o PCC). Foi muito bom o Ministério Público ter quebrado meu sigilo bancário."

Moura disse que "jamais" fez parte da facção criminosa e também que nunca foi procurado por integrantes do PCC para lavar dinheiro para o crime. "O ônus de quem acusa é trazer provas. Eu não posso criar prova, dar qualquer tipo de declaração dizendo aquilo que o Ministério Público está falando. Eles que têm de provar."

Lotações

Moura também disse que não tem mais nenhum tipo de envolvimento com o ramos de lotações. Alega que foi sócio da Happy Play por seis meses, entre setembro de 2009 e abril de 2010, sem exercer atividades operacionais. O deputado negou ter enriquecido na Happy Play. "Dizem que eu tinha um patrimônio de R$ 5 milhões, mas nunca tive um carrinho de pipoca sequer."

Um mês antes de sair da empresa, segundo Moura, ele havia se desligado na Transcooper, onde estava desde 2002. Ele ainda afirmou que as duas empresas não tinham relação e negou que no período em que esteve na Happy Play ela funcionasse no mesmo endereço que a Transcooper. "A partir de 2010 não estava mais. No período em que eu estava, tenho absoluta certeza de que não (funcionavam no mesmo endereço)", disse. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".