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Dados mistos dos EUA deixam bolsas de NY sem vigor

01/08/2014 11h31

São Paulo - Novos indicadores programados para o dia sobre a economia norte-americana agitam os mercados financeiros nesta manhã. Em cerca de 15 minutos foram conhecidos dados de atividade e sobre o consumidor nos Estados Unidos, que resultaram em uma tentativa de alta das bolsas em Nova York, mas a falta de uma direção única permanece. Com isso, a Bovespa também oscila entre ganhos e perdas, ao passo que o dólar segue em queda e os juros futuros domésticos avançam.

A rodada da agenda econômica dos EUA nesta sexta-feira, 01, trouxe, mais cedo, a criação de menos postos de trabalho que o esperado no país em julho, em mais 209 mil ante previsão de 230 mil, com a também inesperada alta da taxa de desemprego para 6,2%, contrariando a estimativa de estabilidade em 6,1%. Há pouco, foi divulgado que o índice dos gerentes de compras (PMI) do setor industrial norte-americano caiu a 55,8 em julho, atingindo o menor nível desde abril. O dado foi em sentido oposto ao índice ISM da indústria, que subiu mais que o esperado em julho, a 57,1. Além disso, houve queda mais intensa que o esperado do índice de sentimento do consumidor do país no mês passado, a 81,8, ao passo que os investimentos em construção civil contrariaram a previsão de alta de 0,4% e caíram 1,8% em junho.

Em meio a essa rodada de dados, às 11h20, em Wall Street, o índice Dow Jones recuava 0,27% e o S&P 500 tinha leve baixa de 0,10%. A Bovespa, por sua vez, caía 0,47%, aos 55.567,52 pontos, na mínima, depois de alcançar uma pontuação máxima aos 56.059 pontos (+0,41%). As ações de Petrobras e Vale exibem perdas, ao passo que alguns papéis do setor financeiro têm alta.

Rumores sobre uma entrada de dólares da Petrobras no mercado à vista amparam a ampliação da queda do dólar ante o real. A moeda norte-americana renovou a mínima, mais cedo, e voltou pisar ao patamar de R$ 2,250, no balcão. No horário acima, o dólar à vista caía 0,57%, cotado a R$ 2,2570.

Essa desvalorização do dólar ante o real atenuou a inclinação da curva a termo de juros futuros, com as taxas dos DIs seguindo afastas das cotações máximas, registradas antes da divulgação do relatório de emprego norte-americano. O comportamento do mercado doméstico de renda fixa também vai em linha com o enfraquecimento dos juros dos Treasuries no exterior.

Na avaliação de analistas, o relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA no mês passado não foi fraco, pois trata-se de uma sequência de geração mensal de mais de 200 mil postos de trabalho por seis meses consecutivos, pela primeira vez desde 1997. De todo modo, o resultado também não foi bom o suficiente para manter a pressão de que o Federal Reserve antecipe a normalização da política monetária no país.

Em Nova York, também às 11h20, o juro da T-note de 10 anos estava em 2,536%, de 2,563% no fim da tarde de ontem. Nos negócios domésticos com juros futuros, o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 10,80%, de 10,78% no ajuste de quinta-feira, 31 de julho; o DI para janeiro de 2017 estava em 11,57%, de 11,49% após ajuste da véspera; e o DI para janeiro de 2021 projetava taxa de 11,87%, de 11,82% no ajuste anterior.