Rio precisará de obras de adaptação na captação de água
A barragem capta, hoje, 165 m3/s. Para reduzir a capacidade, o Estado realiza, desde junho, obras de adaptação dos sistemas de captação, dragagens e reativação de poços, além da instalação de bombas flutuantes
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Começaram a valer à meia-noite desta terça-feira, 19, as novas vazões das represas dos Rios Jaguari (43 metros cúbicos por segundo) e Paraibuna (47 m3/s), ambas em São Paulo, acordadas em reunião entre o Ministério do Meio Ambiente, a Agência Nacional de Águas (ANA), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e os governos do Rio e de São Paulo.
"O acordo não altera a vazão em Santa Cecília em volume significativo. Não havendo, portanto, o menor risco de desabastecimento nos municípios. As medidas, na verdade, visam a preservar condições adequadas de abastecimento", disse o secretário do Ambiente, Carlos Portinho, que não quis revelar o custo das obras de adaptação.
O objetivo da obras é adequar a redução progressiva da água em Santa Cecília, onde é feita a transposição para o Rio Guandu, de 190 m3/s, na vazão normal, para os futuros 160 m3/s, sem comprometer o abastecimento de 11,2 milhões de pessoas em 26 municípios fluminenses que dependem diretamente da bacia do Paraíba do Sul.
Para Portinho, a decisão restabelece "o equilíbrio da oferta de água" do Paraíba do Sul entre Rio, São Paulo e Minas Gerais. A medida também reverte a "decisão unilateral recente de São Paulo (6 de agosto) de reter água no reservatório de Jaguari, colocando em risco o sistema de gestão compartilhada dos recursos hídricos e ameaçando também a legitimidade da ANA e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)".
Pelas projeções do secretário, "não haverá aporte significativo de água até novembro, quando em tese recomeça o período de chuvas". Ele disse que "a estiagem de 2014, na bacia do Paraíba do Sul, foi severa devido a junção de fatores que possivelmente não se repetirão no próximo ano".
O Paraíba do Sul é o rio mais importante para o abastecimento da região metropolitana do Rio. A secretaria estuda alternativas, como captar água no Rio Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu, na região serrana, e nos Rios Pomba e Muriaé, que nascem na Serra da Mantiqueira, em Minas, e deságuam no Rio.
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