Topo

Dólar mostra volatilidade, digerindo agenda externa

21/08/2014 10h53

São Paulo - O dólar registrou uma abertura hesitante nesta quinta-feira, 21, assumindo uma postura mais volátil nos primeiros negócios, com os investidores digerindo indicadores econômicos no exterior, enquanto no front local o destaque foi o discurso pró-mercado, na noite de ontem, da agora candidata do PSB à Presidência, Marina Silva. Adicionalmente, os investidores estão em compasso de espera pelos discursos das autoridades monetárias no Simpósio de Jackson Hole, que começa hoje.

No mercado de balcão, o dólar à vista estava em alta de 0,04%, cotado a R$ 2,2610, às 10h24.

Mais cedo, o Departamento de Trabalho informou que o número de pedidos de auxílio-desemprego na semana passada caiu para 298 mil, ante previsão de 302 mil, e o dado da semana anterior foi revisado, de 312 mil para 311 mil. O indicador reforça o recado de ontem da ata do Federal Reserve.

O documento sinalizou, na leitura dos operadores, que o banco central norte-americano pode elevar os juros antes do que se esperava. Nesse sentido, cresce a expectativa pelo discurso da presidente do Fed, Janet Yellen, no Simpósio de Jackson Hole, que começa hoje e terá participação do presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini.

A agenda norte-americana prevê ainda o índice de atividade dos gerentes de compra (PMI) industrial de agosto, medido pela Markit, o índice de atividade regional de agosto do Fed de Filadélfia, as vendas de moradias usadas de julho e ainda o índice de indicadores antecedentes de julho do Conference Board.

Mais cedo, em contrapartida, foram divulgados dados considerados fracos da atividade na China e na zona do euro, reforçando a percepção de que os governos podem ter de adotar estímulos adicionais.

Nesta primeira hora de negócios, parecem estar em segundo plano as reações à oficialização da candidatura de Marina Silva pelo PSB, ontem. Ela afirmou que desde 2010 assumiu posição em defesa do sistema de metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal. Ela também se disse favorável à autonomia do Banco Central e lembrou que seu ex-companheiro de chapa, Eduardo Campos, morto na semana passada em um acidente aéreo, advogava que essa autonomia fosse formal.