Funcionários da USP decidem permanecer em greve
Um dos temas mais debatidos foi o ataque da Tropa de Choque contra grevistas nesta quarta-feira, 20. Para os funcionários, "a força policial foi desproporcional". Para Magno de Carvalho, diretor do Sintusp, a ação da polícia "lembrou os tempos da ditadura".
Os funcionários comemoraram o resultado da audiência pública no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região nesta quarta-feira, na qual a desembargadora Rilma Aparecida Hemetério negou a liminar da reitoria contra a greve.
Segundo Marcelo Pablito, diretor do Sintusp, a exigência da magistrada de antecipar as negociações entre universidade e grevistas para a próxima quarta-feira, 27, e o pedido de Rilma para que a reitoria apresente uma possibilidade de reajuste, deram "um fôlego" para os grevistas continuarem suas reivindicações.
"Nenhuma das nossas greves foi para julgamento na Justiça. O pedido da audiência foi da reitoria. Nós achamos um absurdo chegar a essa situação(a greve chegar à Justiça), porque estamos pedindo diariamente a antecipação das reuniões de negociação com a reitoria e com o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas)", afirmou. "Para chegar a esse ponto, foi uma atitude da reitoria de não aceitar negociação com trabalhadores e, ontem, montar aparato policial para reprimir o movimento."
Pablito diz que a greve continuará até que as reivindicações sejam atendidas. "A nossa perspectiva é manter a greve para, se possível, chegar a uma negociação de reajuste de salários já na próxima quarta-feira, além da devolução dos salários cortados, a não desvinculação dos hospitais da universidade e o atendimento do restante dos pontos da pauta", explicou.
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