Passageiros elogiam monotrilho, mas criticam trepidação
A abertura do trecho, que começou a ser construído há quatro anos, era prevista para 2012. Segundo o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, a demora se deve, principalmente, a dificuldades em ajustar o projeto a exigências ambientais. "Também obedecemos a todos os protocolos de segurança", diz.
Nestes dois primeiros meses, de testes, o monotrilho funcionará gratuitamente, só aos sábados e domingos, entre 10h e 15h. A velocidade será de aproximadamente 50 km/h, 25% menor que a velocidade máxima prevista para a linha, de 80 km/h. O tempo de espera para cada viagem será alto - entre 16 e 18 minutos, bem acima do intervalo de dois minutos esperado na operação normal.
Ansioso pela obra após sucessivos adiamentos, o desempregado Rogério Romão aprovou o trem, mas reclamou da trepidação. "É estranho como treme várias vezes", relata. O trajeto com solavancos foi a principal reclamação dos primeiros visitantes. A expectativa do Metrô é que, com o tempo, a acomodação dos pneus do trem na via reduza a trepidação, mas a estrutura não terá a mesma estabilidade do metrô convencional.
A professora universitária Lúcia Lemos afirma que a altura do monotrilho - a cerca de 15 metros do chão, o equivalente a um prédio de cinco andares - dá vertigem. "Tive uma sensação de insegurança lá de cima", diz.
Outras queixas são a falta de passarela sobre a Avenida Luiz Ignácio de Anhaia Mello para os passageiros que deixam a Estação Vila Prudente e de interligação com a Linha 2-Verde do Metrô. A promessa de abertura da próxima estação da linha, em São Mateus, é para 2015. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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