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Petróleo recua diante de oferta maior no mercado

02/09/2014 07h50

Londres - Os contratos futuros de petróleo operam em queda nesta terça-feira, 02, diante de oferta abundante da commodity no mercado, apesar de tensões geopolíticas na Ucrânia e no Leste Europeu.

Altos níveis de oferta devem continuar a limitar eventuais aumentos nos preços, disseram analistas do Commerzbank. "Na Líbia, por exemplo, a produção de petróleo continua a se normalizar gradualmente, apesar de confrontos e crescente caos político", escreveram em uma nota a clientes.

Entre os desdobramentos mais alarmantes: o gabinete da Líbia reconheceu que perdeu o controle da capital Trípoli para milícias islamitas, colocando em risco a produção de petróleo, cujo volume médio girava em torno de 500 mil barris por dia no final de agosto.

No entanto, os mercados de petróleo quase não reagiram à informação, embora o Commerzbank tenha ressaltado que os investidores financeiros especulativos aumentaram suas posições líquidas compradas em Brent em 1.000 contratos na semana até 26 de agosto, apostando que o preço deve subir.

"Esta foi a primeira posição construída em quatro semanas e apenas a segunda nas últimas nove semanas. Durante este período, posições especulativas compradas líquidas despencaram mais de 70%, para uma mínima em dois anos, o que, sem dúvida, exacerbou as quedas dos preço do Brent em julho e agosto", escreveram.

Além disso, os mercados dos Estados Unidos devem reabrir após o feriado do Dia do Trabalho na segunda-feira e os investidores tendem a avaliar os desdobramentos recentes na Ucrânia e na Líbia, além de vários indicadores econômicos, disseram operadores.

Na Ucrânia, o Exército está planejando adotar uma estratégia defensiva contra uma incursão pelas tropas russas. Autoridades americanas e europeias discutem uma nova rodada de sanções contra Moscou.

Às 7h45 (de Brasília), o Brent para outubro perdia 0,79%, a US$ 101,98 por barril, na plataforma eletrônica ICE, em Londres, enquanto na Nymex o petróleo para o mesmo mês cedia 0,88%, a US$ 95,12 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.