Após dia de confrontos, centro de SP amanhece tranquilo
Orelhões que foram depredados durante a confusão permaneciam inutilizáveis na Rua Barão de Itapetininga, próximo a um dos pontos do conflito. Na Praça Ramos de Azevedo, um orelhão também foi destruído, nas proximidades do Teatro Municipal. Alvo de saques e arrastões, as lojas da Claro e da Oi também não abriram as portas hoje cedo. Ainda assim, a maior parte dos pontos comerciais funcionou normalmente. As Galerias do Rock e Olido, que estavam fechadas nesta terça-feira, 16, abriram.
Como o movimento no centro da cidade é menor do que em dias normais, os comerciantes reclamam do prejuízo. "Hoje, o movimento caiu 70% por dois motivos: o primeiro é que as pessoas têm receio de passarem por esta área depois do que aconteceu ontem; e também porque boa parte dos meus clientes era morador da ocupação", afirmou o jornaleiro José Oliveira, que tem uma banca na Avenida São João. "O pessoal deve estar com medo", concordou o gerente de uma loja de malas no Largo do Paiçandu, Estevam Souza.
Hotel
Às 10h, uma viatura e três motocicletas da Polícia Militar eram mantidas à frente do prédio do Aquarius Hotel. A segurança era para evitar que o prédio fosse reocupado. Segundo seguranças privados, os móveis, eletrodomésticos e demais pertences dos moradores foram retirados ainda nesta terça-feira do edifício. Eles disseram que havia apenas lixo nos quartos.
Nenhuma pessoa é autorizada a entrar no prédio. Na Avenida São João, as únicas marcas do confronto eram manchas de tinta espalhadas pela via. Todos os objetos que foram arremessados pelos moradores em direção aos PMs já foram removidos.
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