IBovespa cai pressionado por estatais e bancos
A Bovespa abriu o pregão em baixa, devolvendo parte da alta de 3,80% acumulada nas últimas três sessões, pressionada pela queda das empresas estatais, que subiram bastante recentemente com especulações sobre as eleições. O recuo das ações dos bancos também exerceu pressão de baixa.
A queda da bolsa brasileira contrariou o sinal positivo dos índices acionários de Nova York, após o Federal Reserve (Fed) ter anunciado, ontem, que manterá juros baixos por um "tempo considerável". O bom humor dos investidores no exterior, diante da expectativa de que dinheiro barato continuará a circular nos mercados, recebeu suporte do anúncio da China de um corte dos custos para tomada de empréstimos de curto prazo. Mais cedo, o S&P 500 atingiu a máxima histórica de 2.011,79 pontos. No fim do dia, o S&P (+0,49%), Dow Jones (+0,64%) e Nadasq (+0,68%).
A Bovespa ensaiou uma recuperação pontual no início da tarde, mas voltou a operar no vermelho, acelerando a queda na reta final da sessão. O movimento foi puxado pela oscilação dos papéis da Vale e pela aceleração das perdas das ações da Petrobras e de outras empresas estatais. Petrobras ON (-3,12%), Petrobras PN (-3,75%), Eletrobras ON (-1,53%) e Eletrobras PNB (-1,40%), Banco do Brasil ON (-1,57%).
No setor financeiro, Itaú Unibanco PN (-1,18%) e Bradesco ON (+2,06%), Bradesco PN (+1,32%). Os bancos foram pressionados pelo Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do Banco Central, no qual a instituição disse que a provisão para risco de crédito apresenta-se adequada a um "novo cenário". O novo cenário aponta para leve aumento do risco de crédito e o risco se deve a juro alto, possível fim de queda da inadimplência e índice de cobertura.
As ações do setor de mineração e siderurgia foram beneficiadas pela valorização do dólar. Vale ON (0,10%), Vale PNA (0,20%), CSN (3,52%), Usiminas (1,86%) e Gerdau (0,48%).
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