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Juros oscilam e terminam perto do ajuste anterior

23/09/2014 17h06

São Paulo - As taxas futuras de juros mais longas acompanharam o movimento do dólar e operaram pressionadas para cima ao longo de toda esta terça-feira, 23. Na reta final, porém, antes de uma nova pesquisa eleitoral e em meio a um ajuste técnico, os juros voltaram para perto dos ajustes. Os contratos de curto e médio prazos, por sua vez, operaram praticamente de lado durante todo o dia. Os investidores continuaram embutindo mais prêmio de risco na curva longa, diante da possibilidade de a pesquisa Ibope/Estadão/Rede Globo retratar um cenário da corrida presidencial semelhante ao que trouxe o levantamento do instituto MDA, mais cedo.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 tinha taxa de 10,88%, ante 10,89% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 apontava 11,75%, de 11,78% no ajuste de ontem. O vencimento para janeiro de 2017 indicava 11,94%, de 11,99%. E o janeiro 2021 mostrava 11,85%, estável ante o ajuste anterior.

Pesquisa MDA, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostrou que a presidente Dilma ampliou a vantagem que tinha em relação a Marina no primeiro turno. Ela oscilou em baixa, de 38,1% para 36% das intenções de voto, mas Marina caiu, de 33,5% para 27,4%, na comparação entre a sondagem divulgada hoje e a publicada no dia 9 deste mês. O candidato do PSDB, Aécio Neves, avançou de 14,7% para 17,6%. No principal cenário de disputa para segundo turno, Dilma tem 42% contra 41% de Marina (empate técnico). No levantamento anterior, Marina tinha 45,5% e Dilma 42,7% (também empatadas tecnicamente).

O fortalecimento de Dilma Rousseff na simulação de segundo turno da disputa presidencial e a expectativa em torno da pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo levaram o dólar a fechar acima do patamar de R$ 2,40 na sessão desta terça-feira. Foi a décima primeira alta da moeda norte-americana das últimas 12 sessões. O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,4080, um avanço de 0,54%. Este é o maior patamar desde 12 de fevereiro, quando o dólar terminou cotado a RS 2,4230.

Tudo isso deixou em segundo plano dados domésticos e externos divulgados desde a madrugada de hoje. No Brasil, a inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) na terceira quadrissemana de setembro ficou em 0,43%, de acordo com a FGV, ante 0,39% na quadrissemana anterior. A confiança da indústria caiu 3,2% em setembro e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou em 83%, de 83,2% em agosto, de acordo com dados preliminares da FGV.