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Índices sinalizam abertura de NY sem direção única

20/10/2014 11h22

Nova York - As bolsas dos Estados Unidos devem começar a semana sem direção única, sinalizam os índices futuros. Em dia de agenda esvaziada de indicadores, os investidores voltam suas atenções para balanços de grandes empresas e declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). No mundo corporativo, a principal novidade desta manhã foi o resultado pior que o esperado da IBM. Às 11h12 (de Brasília), no mercado futuro, o Dow Jones perdia 0,64%, o Nasdaq ganhava recuava 0,09% e o S&P 500 tinha recuo de 0,31%.

Os índices futuros começaram a segunda-feira, 20, em alta, sinalizando que a recuperação iniciada na sexta-feira ante as perdas da turbulenta semana passada iria continuar hoje. Mas os números fracos da IBM, que inicialmente só divulgaria seu balanço após o fechamento do mercado, fizeram o mercado virar, pesando sobretudo no futuro do índice Dow Jones. Em seguida, os índices passaram a operar sem direção única e o Nasdaq chegou a tocar novamente o território positivo.

Mais cedo, o presidente do Fed de Dalas, Richard Fisher, afirmou que vai defender o fim das compras mensais de ativos na reunião da semana que vem do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). Na semana passada, seu colega, James Bullard, do Fed de St. Louis, falou da possibilidade de adiar o fim das compras, previstas para terminarem este mês, o que ajudou a acalmar os mercados. Ao contrário de Bullard, Fisher tem poder de voto este ano nas reuniões do Fomc.

Após a abertura do mercado, o diretor do Fed, Jerome Powell, participa de um evento, às 12h (de Brasília). O dirigente tem evitado falar publicamente de política monetária, mas como tem poder de voto nas reuniões do Fomc suas apresentações são sempre acompanhadas de perto por Wall Street, especialmente em um momento de maior incerteza do mercado. Em seguida, às 14h (também pelo horário de Brasília), outro diretor do BC, Daniel Tarullo, também tem uma apresentação prevista. Mais tarde, quem fala é o presidente do Fed de Nova York e vice-presidente do BC dos EUA, William Dudley.

Em busca de novas pistas sobre a atividade econômica dos EUA e o futuro da política monetária do Fed, um dos números mais esperados desta semana é o índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que será divulgado na quarta-feira. Na semana passada, o índice de preços ao produtor mostrou uma inesperada queda em setembro e trouxe de volta a preocupação com a baixa inflação e a atividade econômica.

Além do CPI, saem nos próximos dias dados do setor imobiliário, com as vendas de moradias novas e usadas. Os números vão dar uma melhor ideia de como o setor, que tem apresentando indicadores mistos, se comportou em setembro. No caso das vendas de moradias usadas, houve queda de 1,8% em agosto e os economistas do Wells Fargo, maior banco do país em financiamento do setor, esperam recuperação em setembro, com alta de 1,2%. Já o comércio de novas residências, depois de surpreender e crescer 18% em agosto, deve recuar 3% em setembro.

No noticiário corporativo, a Apple divulga seu balanço após o fechamento do mercado, com números do quarto trimestre fiscal. A expectativa para os resultados é grande, porque já terá o impacto das vendas dos novos modelos de iPhone. Para o analista do Goldman Sachs, Bill Shope, por causa das vendas fortes do iPhone 6, o resultado da Apple pode surpreender. A expectativa do analista é de lucro por ação de US$ 1,28, o que representa um aumento de 8% ante o mesmo período do ano passado. As receitas devem crescer 5%, para US$ 39,3 bilhões. No pré-mercado, a ação da empresa subia 0,57%.

Já a IBM resolveu antecipar a divulgação do balanço para esta manhã, com números que vieram piores que o previsto. O lucro foi de US$ 18 milhões no terceiro trimestre, bem abaixo dos US$ 4 bilhões do mesmo período do ano passado. Além disso, a IBM anunciou que está transferindo suas operações de semicondutores para a Globalfoundries. O papel da empresa tinha queda de 7,54% no pré-mercado.