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Bovespa registra alta puxada por setor bancário

28/11/2014 11h28

São Paulo - Apesar do sinal negativo sugerido pelo Ibovespa futuro mais cedo e apresentado pelos mercados acionários internacionais, a Bolsa brasileira abriu nesta sexta-feira, 28, em alta, ajudada pelo desempenho das ações do setor bancário e da Vale. Os negócios também refletem uma leitura positiva quanto à nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, ainda que alguns analistas ponderem que é preciso aguardar a concretização do rigor indicado ontem, principalmente pelo futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Às 10h50, o Ibovespa subia 0,69%, aos 55.101,12 pontos. Na máxima pontuação do dia até então, avançou 0,72%, aos 55.115 pontos, e na mínima, cedeu 0,07%, aos 54.685 pontos. Vale ON subia 1,96% e PNA, 1,77% no horário mencionado. Entre os bancos, Itaú Unibanco PN subia 0,83%, Bradesco PN tinha alta de 0,86% e Banco do Brasil ON ganhava 1,17%. Petrobras também merece destaque, diante do tombo dos preços do petróleo no mercado internacional, que ontem já haviam afetado os papéis da estatal. Petrobras ON caía 1,02% e PN recuava 0,97%.

O sinal positivo vai na contramão do apresentado em Wall Street, com os índices futuros do Dow Jones e do S&P 500 em baixas de 0,02% e 0,10%, respectivamente. As Bolsas de Nova York retornam do feriado de Ação de Graças, mas fecham mais cedo, às 16 horas, transferindo as expectativas para o aquecimento das vendas no varejo com a Black Friday nos Estados Unidos. As bolsas europeias, por sua vez, também continuavam majoritariamente no campo negativo. E o petróleo, um dia após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter decidido manter sua meta de produção inalterada, caía para janeiro caía 6,28%, a US$ 69,06 por barril, no contrato para janeiro na Nymex às 11h01.

De volta ao Brasil, o mercado está atento aos próximos passos dos novos ministros da Fazenda e do Planejamento (Barbosa), além do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que continuará no cargo. A versão eletrônica do jornal britânico Financial Times traz reportagem elogiando Levy. Para o veículo, a escolha pode representar o início de uma "virada" na economia. O texto, porém, questiona a autonomia que lhe será dada pela presidente Dilma Rousseff.