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Dólar sobe na abertura com Tombini e exterior

19/12/2014 10h32

São Paulo - O dólar abriu com volatilidade nesta sexta-feira, 19, com o mercado reagindo a declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que na noite de quinta-feira, 18, afirmou em entrevista à Globo News que a valorização do câmbio deve ter um impacto de 5% a 6% na inflação em 12 meses e que as condições do programa de swap cambial em 2015 ainda serão decididas. Enquanto isso, o sinal que vem do exterior é de alta.

Às 9h25, o dólar à vista no balcão subia 0,04%, a R$ 2,6550, enquanto o dólar para janeiro recuava 0,36%, a R$ 2,6590. A moeda norte-americana também avançava ante outras moedas emergentes e de países exportadores de commodities, como o rand sul-africano (+0,65%), a rupia indiana (+0,51%) e o peso mexicano (+0,13%). O índice ICE Dollar, que pesa a moeda norte-americana ante uma cesta de seis principais rivais, tinha valorização de 0,18%.

Na noite de ontem, Tombini afirmou que apenas quando passar o período de realinhamento de preços será possível levar a inflação para 4,5%. Ele citou a perspectiva de reajuste de preços administrados na faixa de 6% em 2015 ou "talvez um pouco mais" e que, com o fortalecimento mais recente do dólar, visto "de abril até outubro", o impacto nos preços domésticos corresponde a 5% ou 6% no horizonte de 12 meses. Agora precisamos apertar um pouco mais a política (monetária)", concluiu. O presidente do BC lembrou ainda que o movimento do dólar ante o real reflete o cenário internacional, influenciado, entre outros fatores, pelo crescimento nos EUA e a perspectiva de alta de juros no país.

O IBGE informou na manhã desta sexta-feira, 19, que o IPCA-15 registrou alta de 0,79% em dezembro, após subir 0,38% em novembro, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado na leitura mensal ficou dentro do intervalo de estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que esperavam inflação entre 0,60% e 0,85%, mas acima da mediana, de 0,75%.

Já o desemprego ficou em 4,8% em novembro, interrompendo uma série de recordes firmados nos últimos meses, em que as taxas de desocupação atingiram os menores patamares para cada mês desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), em março de 2002.