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Metrô e CPTM vão entregar apenas 2 das 9 estações prometidas para 2015

Metroviários protestaram durante a inauguração da estação Fradique Coutinho do Metrô, em novembro - Leonardo Banassatto/Estadão Conteúdo
Metroviários protestaram durante a inauguração da estação Fradique Coutinho do Metrô, em novembro Imagem: Leonardo Banassatto/Estadão Conteúdo

Em São Paulo

26/12/2014 07h46

O governo do Estado de São Paulo entregará, em 2015, menos estações de metrô e de trem do que neste ano e também em um número menor do que havia anunciado.

Pelo cronograma da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), no próximo ano serão inauguradas duas novas estações do metrô --Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie-- e nenhuma da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Questionado, Alckmin afirmou que obras de mobilidade, "caríssimas e complexas", não ficam prontas "em 24 horas".

Para 2015, além das duas estações de metrô, a rede da CPTM ganhará duas estações reconstruídas (Suzano e Ferraz de Vasconcelos) e uma reformada (Poá), na linha 11-coral. Elas já existiam antes da requalificação. O metrô também não terá sua malha expandida, porque as paradas a serem entregues ficam no meio da linha 4-amarela.

Neste ano, o governo inaugurou sete estações no sistema metroferroviário: Vila Aurora, na linha 7-rubi; Adolfo Pinheiro, na linha 5-lilás; Amador Bueno e Santa Rita, na linha 8-diamante; Fradique Coutinho, na linha 4-amarela; e Vila Prudente e Oratório, na linha 15-prata, que é um monotrilho.

O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, que deixará o cargo no fim deste mês, havia anunciado, porém, 12 paradas.

A linha 17-ouro, monotrilho do Metrô entre Congonhas e Morumbi, e a linha 13-jade da CPTM, entre Engenheiro Goulart e o Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, estavam previstas para 2015, mas não serão concluídas.

Juntos, os ramais teriam nove novas estações. Tanto o trem até o aeroporto como o monotrilho da zona sul devem ser inaugurados um ano depois do previsto pelo governo estadual.

A consultora de marketing Margarete de Moraes, 45, que vive no Jabaquara, na zona sul, se queixa dos prazos. "Há uns sete anos ouço falar da linha 17 e, até agora, nada, nem sombra de obra para esses lados. Só prometem e prometem prazos, mas não cumprem", disse. A segunda fase da linha 5-lilás, na mesma região da cidade, também ficou para 2016.

Mais atraso

A linha 15-prata, monotrilho suspenso sobre o eixo de avenidas como a Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello e Ragueb Chohfi, na zona leste, inicialmente teria mais estações abertas em 2014 - o projeto original era que a linha estivesse operando neste ano até a região de São Mateus. Até agora, duas estações foram entregues e funcionam parcialmente. Para 2015, nenhuma nova estação deve ser inaugurada.