Prefeitura de SP estuda conceder passe livre a alunos da rede privada
Técnicos da São Paulo Transporte (SPTrans), empresa da Prefeitura de São Paulo que gerencia a rede de ônibus da capital paulista, estão fazendo contas para tentar estender o passe livre estudantil a alunos da rede privada, incluindo estudantes universitários.
A medida é reivindicação de cinco entidades representativas do movimento estudantil, incluindo a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Estadual dos Estudantes (UEE), que apresentaram, na quinta-feira(15), uma carta com dez propostas para o transporte ao prefeito Fernando Haddad (PT).
Essas entidades apoiaram o ato do Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento da tarifa de ônibus para R$ 3,50, ocorrido na semana passada. E estarão no protesto marcado para hoje, a partir das 17 horas, no segundo protesto contra a tarifa, com concentração na praça do Ciclista, na avenida Paulista, perto da rua da Consolação.
A expectativa é de que o aumento do benefício possa desidratar as passeatas do MPL. Na semana passada, o ato terminou com forte repressão policial e atos de vandalismo.
O encontro de Haddad ocorreu depois de um grupo de estudantes acampar na porta da prefeitura, na manhã de ontem - e não estava na agenda oficial do prefeito.
Em nota, a prefeitura limitou-se a confirmar a ocorrência do encontro e o recebimento da carta de reivindicações. Na reunião, estavam também os secretários municipais de Transportes, Jilmar Tatto, e de Relações Internacionais e Federativas, Leonardo Barchini.
"A gente concorda, em perspectiva, com a redução da tarifa [bandeira do MPL], mas optou em construir uma jornada de luta própria, pelo passe livre estudantil. Somos uma entidade representativa dos estudantes", disse a estudante de Economia da PUC Carina Vitral, de 26 anos, presidente da UEE.
Irrestrito
Além de estender o benefício do passe livre estudantil para a rede privada, as propostas em análise incluem também suspender a regra que restringe o passe livre a estudantes que moram a até um quilômetro da escola e aumentar para 31 cotas de viagens por mês - pelas regras da prefeitura, são 28 cotas. Mas os alunos querem que o passe livre seja irrestrito para estudantes.
As propostas estudantis também serão encaminhadas para o governo do Estado, responsável pelo gerenciamento do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Um acampamento, como o que foi montado ontem na frente da prefeitura, também deverá ser montado no Palácio dos Bandeirantes. O jornal "O Estado de S. Paulo" procurou ontem à noite os representantes do Movimento Passe Livre para repercutir os novos estudos e as ações do movimento estudantil, mas ninguém foi localizado. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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