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Elementos que afetaram balanço do 3º trimestre não são recorrentes, diz Barbassa

29/01/2015 15h06

Rio e São Paulo - O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, atribuiu a "elementos não recorrentes" a queda de 48% no lucro operacional no 3º trimestre de 2014, em comparação ao período anterior. Em setembro, a companhia registrou lucro operacional de R$ 4,6 bilhões, frente a um resultado em julho de R$ 8,8 bilhões.

Barbassa citou quatro elementos que impactaram negativamente o lucro operacional, entre eles a baixa contábil de R$ 2,7 bilhões decorrente do abandono dos projetos das refinarias Premium I (Maranhão) e Premium II (Ceará). Além disso, o diretor citou a provisão de perdas no setor elétrico, de R$ 1,3 bilhão, e o custo de reajustes salariais e mais o pagamento de acordo de importação de gás natural para a Bolívia.

"São fatores que esperamos que não se repitam. Operacionalmente, tivemos melhores resultados no período, de modo que, se excluídos os elementos não recorrentes, fica evidente que temos razão que demonstra o ganho operacional de um período para o outro", concluiu o diretor financeiro.

Ele citou a alta na produção, que gerou recursos de R$ 2,4 bilhões com exportação de óleo, além de um acordo extrajudicial sobre duas plataformas, que permitiu o recebimento de R$ 500 milhões, auxiliando as contas da companhia.

Prazo

Barbassa afirmou que a Petrobras tem o prazo de quatro meses para conseguir ter o balanço financeiro de todo o ano de 2014 auditado e divulgado "sem incorrer em problemas". Segundo ele, com isso, a Petrobras evita o pagamento antecipado de dívidas de contratos bilaterais e bonds.

No caso dos contratos bilaterais, o compromisso é de 120 dias a partir de primeiro de janeiro, que se esgotariam em 30 de abril, mais 30 ou 60 dias de margem. No caso dos bonds, são 120 dias mais 60 dias após notificação.