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Bolsas asiáticas fecham sem direção única e Xangai tem a pior semana desde 2013

30/01/2015 09h27

Xangai - As principais bolsas asiáticas encerraram o último pregão do mês sem uma direção única. No mercado acionário chinês, ainda pesam as expectativas dos investidores de que a comissão reguladora deve encontrar novos indícios de irregularidades, o que prejudicou ações de corretoras. Em Taiwan, a queda foi motivada por um movimento de realização de lucros com a alta do dólar e pelo fluxo de saída de capital do país. Na Austrália e na Filipinas, por outro lado, os mercados subiram com o otimismo dos operadores ante uma possível alta dos juros em Sydney e os bons dados da economia no arquipélago filipino.

O índice composto de Xangai caiu 1,6%, para os 3.210,36 pontos, nesta sexta-feira e passou a acumular recuo de 4,2% na semana. Essa foi a maior perda semanal na bolsa desde dezembro de 2013. O Shenzhen composto, por sua vez, perdeu 1,1% e foi para os 1.512,39 pontos.

A maior parte das perdas está ligada aos temores com os elevados níveis de alavancagem no mercado acionário. A comissão reguladora da China está investigando as atividades de negociação em margem de 46 empresas do país, e a expectativa é a de que novas irregularidades sejam encontradas. "O mercado deve antecipar mais problemas a serem descobertos pelos inspetores", afirma Hao Hong, diretor-gerente de pesquisas do Bank of Communications International.

O mercado também adotou viés de baixa em antecipação por dados industriais que devem ser divulgados no fim de semana. Ações do setor caíram, com a Shanghai Electric Group recuando -4,5% e com a Shanghai Mechanical & Electrical Industry recuando 2,6%. Os números a serem divulgados também pesaram em Hong Kong e contrabalançaram as notícias de que o Kaisa Group está perto de um resgate financeiro pela Sunac China Holdings. O índice Hang Seng caiu 0,36% na sessão, para os 24.507,05 pontos.

Em Taiwan, o mercado acionário fechou o mês perto do zero a zero após queda de 0,7% no Taiex hoje, o que levou o índice aos 9.361,91 pontos. O declínio decorre de um movimento de realização de lucros e de fluxo de capital para fora do país, devido ao fortalecimento do dólar americano e do acirramento das tensões entre Rússia e Ucrânia. Por outro lado, nas Filipinas as ações chegaram a novas máximas com o fim do mês, devido à forte performance econômica apresentada pelo país. O índice PSEi subiu 1% na sessão, para os 7.689,91 pontos.

Na Oceania, o mercado acionário australiano registrou novos ganhos nesta sexta-feira, com investidores apostando em uma potencial baixa nos juros já na próxima semana. "Julgando pelas ações de preços no mercado, há uma crença real de que o RBA (Banco da Reserva da Austrália) irá se juntar à Nova Zelândia, Europa, Dinamarca, Suíça e Canadá em relaxar sua política", considera Chris Weston, estrategista-chefe de mercados da IG, em Melbourne. O índice S&P/ASX 200 avançou 0,3% no dia, para os 5.588,3 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.