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Estado dos corpos após acidente de ônibus dificulta identificação

Ônibus que bateu e pegou fogo no Rio de Janeiro; acidente é investigado - José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
Ônibus que bateu e pegou fogo no Rio de Janeiro; acidente é investigado Imagem: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do Rio de Janeiro

18/02/2015 19h42

Um acidente com um ônibus na Rua Getúlio Vargas, no bairro Santa Catarina, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, deixou nove mortos e oito feridos, na manhã desta quarta-feira (18).

O veículo bateu em um poste e derrubou um transformador, que caiu sobre o coletivo e explodiu, provocando um incêndio. A identidade dos mortos ainda é desconhecida.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o estado dos corpos, que foram carbonizados, dificulta a identificação das vítimas.

Cinco dos feridos foram levados para o Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo. Quatro deles foram liberados ainda hoje: Leandro Silva, 35, José Soares Ferreira, 52, William Silva, 35, e Anderson Marli, 26. Já Geovane Farias, 20, permanecia internado em estado grave.

Outros três feridos foram levados para a Casa de Saúde São José dos Lírios: o motorista do ônibus, Waldnei Rangel, o cobrador, Ângelo Gomes da Silva, e uma jovem de 17 anos que estava perto do local do acidente e acabou ferida. Eles estão internados no Centro de Terapia Intensiva (UTI) da unidade.

O ônibus, da linha 532 da Viação Mauá, fazia o trajeto entre as cidades de Niterói e São Gonçalo.

O diretor operacional da Viação Mauá, Flavio Giantomaso, afirmou que o veículo estava com as vistorias em dia e passou por manutenção neste mês. Segundo Giantomaso, o motorista e o cobrador trabalham há 15 anos na empresa.

"Foi uma fatalidade", afirmou o diretor, que acompanha os familiares dos funcionários no hospital.

Segundo o frentista Joel Guimarães, que trabalha em um posto de gasolina na frente do local do acidente, o ônibus trafegava em alta velocidade e, ao desviar de um veículo que vinha na direção contrária logo depois de uma curva, deslizou por causa da lama acumulada de um temporal na noite anterior.

"O motorista se assustou", relatou a testemunha.

Guimarães tentou instruir as vítimas a pular do coletivo, mas disse que o fogo se espalhou muito rápido.

"Foi um estrondo, um clarão, e os passageiros começaram a gritar pedindo socorro", disse. "Um deles tentou sair do ônibus com o corpo em chamas, mas ficou preso pela mochila", contou o frentista.

José Soares Ferreira, 52, um dos passageiros que sobreviveram, disse ao deixar o hospital que o ônibus deslizou na lama. Já Leandro Silva, 35, que também deixou o hospital, afirmou que conseguiu escapar pulando pela janela.