Alckmin cria grupo para preparar plano em caso de rodízio oficial
Segundo resolução publicada nesta quarta-feira, 4, no Diário Oficial do Estado pelo secretário paulista de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga, que também é o coordenador do comitê, o plano vai "detalhar as ações de curto e médio prazos para o gerenciamento e minimização dos efeitos da estiagem" e será "implementado para o caso de agravamento da crise hídrica e a inexistência de condições de oferta de água aos usuários de recursos hídricos ou consumidores das redes públicas de abastecimento".
O grupo será composto por 7 integrantes, cada um indicado pelo seguintes órgãos: Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, Sabesp, Defesa Civil, Secretaria da Segurança Pública, Prefeitura de São Paulo, universidades e pelas entidades da sociedade civil que integram o Comitê de Crise Hídrica, criado por Alckmin no início do mês passado após pressão de prefeitos da Grande São Paulo.
Segundo a resolução, o grupo "terá duração até a data da apresentação da versão final do Plano de Contingência ao CCH". Esta data, contudo, não foi definida no documento.
Na última segunda-feira, 2, Braga disse ao jornal O Estado de S. Paulo que vai aguardar o fim deste mês, que marca o término do período chuvoso no Sudeste, para definir se haverá ou não rodízio oficial de água na Grande São Paulo. Caso ele seja implementado, o cenário mais provável é de 4 dias sem água e 2 com, conforme o Estado antecipou em janeiro.
O secretário comemorou as chuvas de fevereiro, que ficaram mais de 60% acima da média e mais do que triplicaram a entrada de água no Sistema Cantareira, mas disse que as previsões climáticas para os meses de março, abril e maio são preocupantes.
Embora descarte o rodízio no momento, a Sabesp já reduz a pressão da água a praticamente zero e fecha o registro manualmente de 40% da rede durante boa parte do dia, provocando longos cortes no abastecimento de água, conforme o Estado revelou no mês passado.
Para o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, a medida é necessária para "evitar o pior", que seria o rodízio, e não configura um "racionamento sistêmico" na Região Metropolitana.
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