Topo

MPF denuncia 17 por tráfico internacional em MG

04/03/2015 12h37

Franca - Uma quadrilha foi denunciada à Justiça por tráfico internacional de drogas em Minas Gerais. O grupo agia principalmente no Triângulo Mineiro, onde abriu pistas clandestinas para receber carregamentos de drogas. Com os 17 acusados, incluindo dois bolivianos e um libanês, foram apreendidos 700 quilos de cocaína e mais de R$ 1,2 milhão em espécie, entre dólares e reais.

Os envolvidos foram denunciados nesta semana pelo Ministério Público Federal (MPF) de Uberlândia (MG) e responderão ainda por associação para o tráfico e por organização criminosa. O chefe do grupo seria José Severino da Silva, que já estava preso quando as investigações começaram, há dois anos.

De acordo com as investigações, mesmo com mais de 20 anos para cumprir, ele organizava o esquema de dentro de um presídio em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Severino, que é casado com uma boliviana que também está presa, é considerado de alta periculosidade pela Drug Enforcement Administration (DEA), a agência antidrogas americana. Hoje ele está preso em Contagem (MG).

A cocaína vinha da Bolívia de avião ou por via terrestre, nesse caso entrando pelo Mato Grosso do Sul. A divisão do entorpecente, antes de ser distribuído no Brasil, era feita numa fazenda que pertenceria a Severino. Sem contar o casal, foram denunciados parentes dos dois, amigos e outras pessoas que teriam participação no esquema.

A quadrilha foi desarticulada no final do ano passado após 18 meses de investigação e uma operação que contou com cem policiais federais que fizeram prisões e apreensões nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Lucro

De acordo com a Polícia Federal o esquema movimentava R$ 14 milhões por mês em drogas e com os acusados foram apreendidos também veículos diversos e aviões.

Parte da cocaína ia para os morros do Rio de Janeiro, sendo que dois doleiros -um deles o libanês Hatem Dil El Saheli, seriam os responsáveis por efetuar os pagamentos da quadrilha aos fornecedores e remeter parte do lucro, em dólares, para o exterior. O Estado não conseguiu contato com os advogados dos envolvidos.